A vacinação contra o novo coronavírus deverá começar em algumas partes do Brasil já em janeiro de 2021. Esta é a previsão decretada pelo governador de São Paulo, João Dória, que comprou 50 milhões de doses da Coronavac para imunização no estado. O Governo Federal, no entanto, deverá trabalhar com outro tipo de vacina, com vacinação prevista para março do ano que vem - o que pode gerar alguns “problemas”.
A questão é que, teoricamente, não se deve tomar duas doses de vacinas diferentes para o mesmo vírus. Dessa forma, caso alguém tome a primeira dose de imunização com a Coronavac, em janeiro, teria que tomar a segunda dose com o mesmo tipo de vacina, não podendo reocrrer a uma vacina diferente dada pelo Estado, por exemplo.
“A princípio não se pode tomar doses diferentes, porque elas agem com mecanismos diferentes. Uma tem o vírus inativado, outra trabalha com RNA. Sendo mecanismos diferentes, tem que usar a mesma vacina na sequência, é algo que não teria lógica utilizar duas vacinas. Por isso é importante que tenhamos um bom sistema de vacinação”, declarou o pneumologista Renato Matos.
A Federação Catarinense de Municípios (Fecam) fechará um acordo com o Governo de São Paulo para garantir a possibilidade de compra da Coronavac assim que ela for aprovada pela Anvisa ou pelo Judiciário. Dessa forma, é possível que ainda em janeiro os prefeitos interessados possam comprar, a vacina desenvolvida na China para a imunização de parte da população.