O estado de São Paulo recebe, no próximo dia 20, 120 mil doses da vacina Coronavac. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, 9, pelo governador João Doria. Depois, São Paulo aguarda até o fim de dezembro um montante de 6 milhões de doses. A vacina se encontra na fase 3 de testes mas a aplicação ainda dependerá, no Brasil, da aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Se não houver aprovação, esses milhões de doses se tornarão de uso proibido.
"Agora, as autoridades sanitárias da China deram autorização para importação pelo Instituto Butantan", reforçou Doria. A quantidade que chegará até o final de dezembro faz parte de um grande lote, de 46 milhões, já adquiridas pelo governo paulista junto aos produtores da vacina contra o coronavírus, que são da China.
Sobre as demais vacinas, que excedem esse lote de 6 milhões que chegarão prontas, o Instituto Butantan receberá insumos e os seus técnicos farão o processamento, para deixa-las em condições de aplicação na população. Com o carregamento que São Paulo receberá, a estimativa é produzir 1,2 milhão de vacinas. O governo de São Paulo investiu 90 milhões de dólares, cerca de R$ 480 milhões, para comprar as 46 milhões de vacinas dos chineses. O responsável pela fabricação é a marca chinesa Sinova.
O estado de São Paulo está investindo, também, na estruturação de um espaço para o Butantan que servirá de fábrica para produção da vacina no Brasil. Trata-se de um investimento de R$ 160 milhões. "A previsão é de dez meses de obra e a fábrica estará pronta em setembro de 2021", anunciou o governador. A efetiva produção local das doses nesse novo espaço só será efetivamente possível a partir de 2022. Até lá, o Butantan continuará produzindo as vacinas, em caso de aprovação pela Anvisa, com base nos insumos enviados pelo laboratório chinês.
(Com informações do UOL)