Na primeira reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura a compra dos 200 respiradores pelo Governo do Estado, o relator sugeriu, deputado Ivan Naatz (PL) sugeriu que cinco pessoas sejam ouvidas na próxima quinta-feira: o ex-secretário adjunto da Casa Civil, Matheus Hoffmann; Coronel da Polícia Militar chefe da Defesa Civil, João Batista Cordeiro Júnior; advogada de Biguaçu, Mariana Rabelo Petri; a diretora de gestão e licitação da secretaria de Administração, Karen Sabrina Duarte, para conhecer os trâmites de compra; e o ex-secretário de saúde de Biguaçu e citado nas investigações, Leandro de Barros. “Todos são para identificar ações dentro da secretaria”, enfatizou.
As reuniões da CPI ocorrerão às terças-feiras e quintas-feiras.
Relatório no início de julho
Na primeira reunião no início da noite desta terça-feira, 12, Naatz apresentou o roteiro e cronograma de trabalhos, revelando a intenção de apresentar o relatório na última semana de junho. “Queremos compreender como funciona o sistema de compras dentro do Estado e como funciona o sistema de compras na defesa Civil e na Secretaria de Saúde, para identificar o trâmite. Entender ainda como funcionava no governo anterior para identificar se alguma coisa mudou que permitiu que esses fatos acontecessem”, disse.
Naatz fala ainda que trabalhará com o compartilhamento de informações, utilizando aquilo que a comissão especial montada na Alesc para acompanhar as compras durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). “Queremos trabalhar em parceria com o Tribunal de Contas do Estado, afim de ver os encaminhamentos sugeridos ao Estado para que o processo tivesse transparência. Vamos requisitar documentos ao Gaeco, à Polícia Civil e da investigação interna feita pelo Governo do Estado”, revelou.
O deputado João Amin (PP), membro da CPI apresentou pedido de acareação entre os ex-secretários Douglas Borba e Helton Zeferino, além da servidora Marcia Pauli, que participou do processo de compra dos respiradores pela Secretaria de Estado da Saúde.
“Chegar a quem apertou o botão”
O parlamentar ressaltou que todo o trabalho será feito com o objetivo de chegar a quem efetuou o pagamento de R$ 33 milhões de forma antecipada à empresa Veigamed. “Vamos trabalhar com os depoimentos de testemunhas para compreender como as coisas eram tratadas, quem mandava, quem tinha trânsito livre. Se necessário, as possíveis acareações entre eles. Terminada esta fase vou abrir vistas a todos os parlamentares para sugestões e por fim apresento o relatório preliminar. A mossa intenção é chegar a quem apertou o botão da transferência”, enfatizou.
Para auxiliar no andamento da CPI, Naatz requisitou a participação de um delegado da Polícia Civil e fará a requisição de um servidor do Tribunal de Contas do Estado, de um procurador da Alesc, um técnico da Secretaria de Estado da Administração, entre outros.