Edvaldo Correia, morador do bairro Santa Luzia, perdeu a visão de um dos olhos e enxerga tem apenas 5% de visão no outro. Ele está há 26 meses aguardando uma cirurgia e está na posição 486 na fila de espera. Por conta do tempo aguardando, não há como recuperar a visão e ele conseguirá apenas manter os 5% que ainda tem.
O caso de Edvaldo é um entre inúmeros outros casos da fila de espera para as cirurgias eletivas. Gladis Carvalho, gerente da Central de Regulação de Internação Hospitalar da Região Sul falou sobre o assunto no Programa Adelor Lessa.
“No ano passado, a Secretaria do Estado da Saúde passou para hospitais e secretarias municipais que todas as cirurgias eletivas seriam inseridas no sistema de regulação e seria respeitada a ordem cronológica da inserção da pessoa na fila. Ou seja, o paciente consulta com o cirurgião, ele emite um laudo autorizando a cirurgia, o paciente vai no município de residência, procura a Secretaria de Saúde e a Secretaria insere no SisReg (Sistema nacional de Regulação). Isso é importante porque vai acabar com as filas, pois garante que será respeitada a ordem cronológica de inserção na fila”, esclareceu.
Gladis explica que as filas se formam, pois a demanda é maior do que a capacidade de atendimento. “Em Criciúma, especificamente, temos hoje mais de 700 pessoas aguardando por uma cirurgia eletiva. Sendo que a maior demanda é na ortopedia. Um problema que temos é que a cirurgia é agendada e o paciente não comparece. É um conjunto de questões que fazem a fila ficar grande”, justificou.