A CPI do Criciumaprev na Câmara alcançou a sua conclusão nesta segunda-feira, 5, na Câmara. Por 4 votos a 3, foi aprovado o relatório do vereador Ademir Honorato (MDB), que havia sido apresentado na semana passada. Por ele, Honorato fez um apanhado técnico das irregularidades que notou nas relações entre a prefeitura e o fundo de Previdência do município, sem no entanto anunciar um juízo. "Nós não julgamos", reafirmou.
O conteúdo do relatório, com 220 páginas, mais todos os anexos, com mais de 3 mil páginas, serão encaminhados ao Ministério Público e outros órgãos mencionados pelo parlamentar.
Votaram a favor os vereadores Ademir Honorato, Julio Kaminski (PSDB), Zairo Casagrande (PSD) e Edson Paiol (PP). Foram votos contrários os vereadores Julio Colombo (PSB), Pastor Jair Alexandre (PSC) e Aldinei Potelecki (PRB). O voto de Edson Paiol foi o fiel da balança. Era a dúvida até hoje e garantiu a vitória do relatório de oposição ao Paço.
O conteúdo
O relator Ademir Honorato, cujo relatório foi o final e aprovado pela CPI, foi reservado nas manifestações posteriores à apresentação. “Nas possíveis ilicitudes, o Judiciário vai apurar a denúncia, como a inexistência dos valores da composição e os atos do presidente do CriciúmaPrev. As investigações e os documentados postados, mostraram que as decisões eram tomadas pelo administrador e pelo município”, mencionou, em entrevista à Rádio Som Maior.
Para o relator, “ficou claro que o município teve prejuízos e deveria ter pago”. Honorato frisou que o presidente do CriciúmaPrev deveria ter avisado sobre os atrasos nos pagamentos e até fez isso, mas não da forma correta.
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O contraponto
Na sessão desta segunda foi posto em votação o parecer alternativo do vereador Julio Colombo (PSB), que desconstruiu as irregularidades mencionadas por Honorato. Ele frisou que não havia problemas nas relações entre municipalidade e Criciumaprev, disse que o presidente do fundo pecou por não comunicar o Banco do Brasil sobre as operações de parcelamentos de débitos mas que isso não redundou em prejuízos e mencionou as razões para o Executivo ter mantido em reserva os R$ 24 milhões para pagamentos de precatórios e que havia sido referidos como recursos disponíveis para pagamento dos repasses atrasados. Frisou, ainda, o rearranjo das finanças públicas no governo Salvaro que permitiu, pela primeira vez, que todos os repasses fossem feitos em dia.
O relatório de Julio Colombo foi derrotado por 4 votos a 3.
Uma nova CPI
Na sessão ordinária desta segunda a Câmara colocará em votação o requerimento do vereador Julio Colombo que pede a abertura de uma nova CPI. "Nada que desautorize a atual, mas nós queremos que ela investigue desde o início. Foram sete gestores desde lá e teve gestor que repassou apenas 22% do que devia ao fundo", defendeu o vereador Pastor Jair. "Essa CPI vai ser aprovada por unanimidade", antecipou.
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