O governador Carlos Moisés falou sobre investimentos, política e casos polêmicos que marcaram o seu primeiro mandato, em entrevista exclusiva ao Programa Adelor Lessa, nesta sexta-feira (8). Abaixo, confira todos os detalhes e áudios da programação:
Caso dos respiradores
Um dos momentos mais marcantes do governo de Moisés foi o caso dos respiradores. Em 2020, durante o primeiro ano de pandemia da Covid-19, o governador enfrentou um processo de impeachment, mas, posteriormente, foi absolvido.
O caso era referente a compra dos 200 respiradores pelo valor de R$ 33 milhões, pago antecipadamente.
"Tentaram me puxar o tapete. É a pegadinha. Você transforma algo que é bom em algo ruim e tenta derrubar um governo para que a gente não chegasse nos resultados que a gente tem hoje", afirma Moisés. Conforme o governador, o Estado trabalha para recuperar os R$ 38 milhões envolvidos no caso que permanecem bloqueados pela Justiça.
Confira o trecho da entrevista, a partir de 32min22s:
Uso de aeronaves
Em março deste ano, o uso de uma aeronave dos bombeiros por Moisés para agendas pessoais e políticas causou polêmica. "É preciso fazer uma correção. São os bombeiros utilizando uma aeronave que era exclusiva do governador. E não o contrário. A sociedade precisa saber", enfatiza.
"Nós mandamos pintar ele de vermelho. Vendemos duas ou três aeronaves. Fizemos um contrato de locação com uma empresa privada, em que voa o governador, mas que transporta vacina, transporta nossos secretários, bombeiros, o paciente", afirma.
Neste sentido, os transportes são agendados e, por isso, não são destinados a uso para casos de emergência. "Ninguém deixa de ser atendido porque o governador está usando a aeronave", ressalta Moisés. Desta forma, os bombeiros contam com uma aeronave exclusiva e outra alugada, para uso da guarnição e do governador.
Confira o trecho da entrevista, a partir de 29min07s:
ICMS e o preço dos combustíveis
Para o governador, o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) não é o grande vilão da alta de preços dos combustíveis, mas sim "as práticas da Petrobrás e do mercado internacional". Por isso, não acredita que a redução desse imposto possa segurar os valores, se outras ações não forem tomadas.
Moisés relembra que, em outubro do ano passado, o ICMS sobre os combustíveis foi congelado. "Quando congelamos os preços e eles continuaram subindo, chegando a valores estratosféricos, a gente percebeu que não é o tributo estadual. Conseguimos provar que o preço da gasolina e do diesel não sobe por causa do ICMS", destaca.
Confira o trecho da entrevista, a partir de 10min56s:
Investimentos e potencialidades do turismo no Sul
Moisés acredita que o Sul de Santa Catarina tem um grande potencial de turismo. Mas, para que as pessoas cheguem até ela, é necessário investir nas rodovias. O chefe do Executivo estadual foi subcomandante do Corpo de Bombeiros de Criciúma na década de 1990 e também já viveu em Tubarão.
"Potencial fantástico no Sul do Estado. Vivi 27 anos aqui. Mesmo depois, continuei morando na capital mantendo uma casa por aqui. A gente tem um grande potencial de turismo. São 2,5 bilhões investimentos nesse setor no Sul do Estado. Foram R$450 milhões só nos municípios da região carbonífera. O Sul nunca foi tão olhado", afirma.
O governador cita projetos importantes para o turismo da região, como o processo de concessão e a vinda de novas empresas ao Aeroporto de Jaguaruna, extensão da Via Rápida, duplicação da SC-108 e Anel Viário, entre outras ações.
Confira o trecho da entrevista, a partir de 02min45s: