Na segunda-feira, 27, o Governo do Estado apresentou a defesa do governador Carlos Moisés (PSL), contra o pedido de impeachment apresentado pelo defensor público estadual Ralf Zimmer Júnior. Os documentos foram entregues pelo secretário da Casa Civil, Douglas Borba.
Nesta terça-feira, 28, o defensor emitiu uma nota sobre o caso. No texto ele cobra que a Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) avance no assunto, e que “não se vergam a limpar fraudes do Poder Executivo”. Outro trecho cita que “arquivar seria um escárnio à população catarinense”.
Confira a nota na íntegra:
“Com o visto, trata-se de fato público e notório, que a fraude perpetrada no Gabinete do Sr. GOVERNADOR avançou sobre a gestão da vice governadora quando em exercício do primeiro Posto do Executivo. Logo, encampou também o ato, persistindo a omissão dolosa de sua parte, tal qual inicialmente do Sr. GOVERNADOR, que, ontem, a propósito, encampou a ilegalidade, a fraude, agora por ação, ao defende-la nos autos do impachamento.
Dever Constitucional, Legal, Cívico e Moral, a Alesc avançar na apuração dos fatos, ouvindo as testemunhas arroladas no pedido inicial. O impichamento é certo, acaso tenhamos ainda um Parlamento e um Judiciário independente, sério, e que não se vergam a limpar fraudes do Poder Executivo.
Arquivar seria um escárnio à população catarinense, aos brasileiros sérios, de bem, e à própria civilização! Avancemos, na forma do regimento, da Lei, da Constituição da República, e dos precedentes do STF. Recuar agora seria jogar no lixo o trabalho e a mentalidade de combate à corrupção forjada a muito custo na operação lava jato.
Rogo que te informes e que cobre de teu Deputado apuração minuciosa dos fatos. SC não pode e não deve conviver com a desfaçatez! Ralf Guimarães Zimmer Junior, Desterro, 28 de janeiro de 2020”.