Após um arrefecimento da pandemia de Covid-19, a doença que tem preocupado as autoridades catarinense neste momento é a dengue. Em entrevista ao Programa Adelor Lessa, da Rádio Som Maior, o diretor da Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive), João Fuck, alertou para o crescimento dos casos.
"Estamos vendo um aumento no número de casos de dengue em Santa Catarina. São mais de dois mil casos, a maioria contraídos no estado. Boa parte da transmissão está acontecendo na região Oeste, em que vários municípios decretaram situação de emergência. É uma situação que preocupa. É uma doença que está sendo transmitida, o que só reforça a necessidade dos cuidados contra ela", afirmou ele.
O diretor da Dive não vê somente um fator para essa elevação registrada em março no estado. Segundo ele, são mais de 40% dos municípios catarinense considerados infestados pelo mosquito Aedes aegypti.
"Temos de pensar que a questão climática., pois não vemos mais invernos rigorosos como víamos. As pessoas ainda entendem que o Aedes aegypti é uma coisa muito distante, que não acontece aqui. Já são 119 municipios considerados infestados. Como damos a condição para o mosquito se reproduzir, criamos uma condição de risco para que aconteça a transmissão da doença", explicou Fuck.
Por fim, ele orientou ainda os sul-catarinenses no cuidado em relação à proliferação do agente transmissor. "É o momento para intensificar as ações. Não pode relaxar. O Aedes aegypti se reproduz em locais de água parada. Eliminando esses locais, não o vemos se disseminar", comentou o diretor da Dive.
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