O responsável pelo setor de Controle Interno e Ouvidoria da Secretaria de Estado da Saúde, Frederico Tadeu da Silva foi o segundo depoente da terça-feira, 30, na CPI dos Respiradores. Frederico explicou os processos de compras da secretaria da Saúde no meio da pandemia. O depoimento durou menos de uma hora e teve pouco avanço no entendimento de compra dos respiradores junto à Veigamed.
Os deputados tentaram extrair de Frederico porque a controladoria interna da Saúde não agiu sobre a compra dos 200 respiradores com a Veigamed. "No momento em que soubemos, não tinha mais o que fazer. Já havia duas sindicâncias internas na secretaria. Ela não estava no nosso radar porque não tinha sido publicada no Diário Oficial do Estado (DOE). Era para ter sido, mas não sei dizer porque não foi", justificou o controlador.
Ele disse não saber explicar porque não houve essa publicação no DOE. "A sindicância administrativa foi feita. Indicaríamos para o secretário providenciasse, o que já havia
sido feito. Para que fazer mais uma sindicância?", acrescentou Frederico.
Os membros da CPI criticaram a legislação que não colocou o controle interno da SES na compra dos respiradores. Frederico salientou que poderia tomar uma atitude caso houvesse
denúncias na venda para a Veigamed, o que também não aconteceu. "Se tivesse uma denúncia, poderíamos atuar. Passaríamos para a área de contrato, depois para a corregedoria para
abrir uma sindicância, como foi feito depois", apontou.
"Foi um processo do início ao fim inexplicável e não parece verdade que aconteça em uma secretaria que movimenta R$ 2 bilhões por ano. Não adianta mais perguntar, porque ninguém aqui pode dar uma resposta plausível', lamentou o deputado Valdir Cobalchini (MDB).