A forte chuva do meio da tarde deste domingo (6), cerca de 40 milímetros em menos de uma hora, gerou ocorrências atendidas pela Defesa Civil em pelo menos oito bairros de Criciúma. "Nenhuma família ficou desabrigada, nem tivemos danos maiores, mas foram danos como quedas de árvores e alagamentos", confirmou o diretor do órgão, Fred Gomes.
Moradores do Bairro Sangão estão apreensivos no começo da noite. "Aqui a noite chegou, a chuva caiu com força e o rio está subindo", colocou o morador Gustavo Duminelli, sem esconder a preocupação. "A casa da minha mãe fica perto do rio, estou de olho. O pessoal dessas casas mais próximas do Rio Sasngão está preocupado. Se o rio subir mais um metro, ele atinge a rua", observou. A comunidade segue reclamando a falta de um desassoreamento do rio.
Não muito longe do Sangão, no Bairro Nova Esperança, o rio teve vazão suficiente para dar conta da demanda por causa da limpeza recente. "Aqui o rio encheu, mas não saiu da calha pois a prefeitura fez uma limpeza faz poucos dias", relatou Cleiton Ferreira.
Um destelhamento
A principal ocorrência atendida pela Defesa Civil com o temporal da tarde foi o destelhamento de uma casa no Bairro Archimedes Naspolini. "Mas a família não ficou desalojada, e nós entregamos lonas para as pessoas cobrirem a casa", apontou Fred Gomes. Esse registro foi consequência de uma forte rajada de vento que atingiu a cidade em seguida das 15h. Antes disso, Criciúma chegou a registrar um calor próximo dos 40 graus e sol forte. Houve termômetros de rua apontando até 46 graus de temperatura no começo da tarde, antes do temporal.
Houve ocorrências ainda nos bairros Mina do Mato, Naspolini, Lote Seis, Centro, Próspera e São Marcos. "Na maioria, quedas de árvores e alguns pontos de alagamento", detalhou Fred. Um relatório será emitido pela Defesa Civil municipal ainda na noite deste domingo.
O Rio Criciúma foi bastante exigido durante toda a tarde. Na parte canalizada entre as ruas Vitório Serafim e Araranguá, o visual das 18h mostrava a água correndo com força.
A importância da macrodrenagem
A reportagem do 4oito percorreu o Bairro Pio Corrêa na tarde deste domingo, constatando a necessidade das obras de macrodrenagem iniciadas faz poucos dias. Houve pontos de alagamento nas ruas Antônio de Lucca, Mário da Cunha Carneiro e José Gaidzinski.
Na Antônio de Lucca, correu bastante água sobre uma das calçadas em direção ao Hospital São José, formando uma grande poça d´água na esquina com a João Cechinel e um pouco mais adiante, defronte ao Pronto Socorro.
Na Mário da Cunha Carneiro, o trecho interditado para o canteiro de obras da macrodrenagem foi tomado pela água. Os pontos de drenagem ali existentes tiveram trabalho redobrado para escoar a água da chuva. Na José Gaidzinski, nos fundos do Colégio Marista, uma grande poça d´ água se formou e também exigiu bastante de um bueiro próximo para deslocar a espessa lâmina que se formou.
Confira, abaixo, os detalhes conferidos pelo 4oito durante a chuva forte deste domingo.