Senador em seu primeiro mandato, Jorginho Mello (PL) foi por mais de duas décadas deputado, entre mandatos para estadual e federal. Segundo ele, em entrevista ao Programa do Avesso, o estilo de debater pautas na Câmara Federal é diferente do que no Senado. Isso acontece principalmente pelo número de membros em cada casa.
“A Câmara é um negócio muito quente, no Senado a chapa é mais fria. São menos pessoas, são 81 quando lá tem 513, tem pessoas que já foram governadores. Eu graças a Deus consigo transitar bem entre os partidos. Eu tenho conseguido aprovar meus projetos, porque converso com todo mundo”, comparou.
Jorginho Mello é líder de sua bancada na casa, segundo ele, o papel é dar orientações para os correlegionários, refente a votações. É preciso ter repeito, já que em algumas pautas haverá políticos que preferem não seguir o que é passado. Enquanto isso, na Câmara dos Deputados existe menos conversas.
“No Senado é mais respeitoso, o senador fala da própria cadeira dele, o deputado não tem, só tem um microfone. Quando vem para o plenário, aquilo é uma máquina de moer carne, são movimentos partidários, o cara vai pela indicação do líder, a gente tem que procurar saber o que está votando”, comentou o senador.
Conforme Jorginho, acabar com a Câmara não seria uma solução para evitar gastos. “A Câmara dos Deputados tem um orçamento de R$ 6 bilhões por ano, gasta R$ 5,2 bi apenas com os funcionários, então se fosse fechada continuaria custando isso, em média os salários lá custam R$ 25 mil”, citou.
Ouça a entrevista na íntegra: