A solidariedade de metade da bancada estadual do PSL ao presidente da República, Jair Bolsonaro, foi o tema que dominou o plenário da Assembleia Legislativa de Santa Catarina na manhã desta quinta-feira, 31. Os três parlamentares que estavam presentes na sessão repudiaram com veemência reportagem da TV Globo que, segundo eles, tentou ligar o assassinado da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) ao chefe do Executivo.
Novo líder do PSL na Alesc, o deputado Sargento Lima destacou o assunto durante seu discurso, classificando a reportagem exibida pela emissora carioca no último dia 29 como “baixa, irresponsável e criminosa”. Para ele, tudo foi um “estratagema maquiavélico” que montaram ao tentar ligar a morte de Marielle com o presidente Bolsonaro.
“Ele é um estadista que vem se destacando justamente pela cruzada contra a violência e o retrocesso da nossa nação”, garantiu. Lima disse ainda que ele, “o povo catarinense e os demais que tanto fizeram para que chegasse esse momento em que o país pode se orgulhar do seu presidente” esperam que a Polícia Civil do Rio de Janeiro e a Rede Globo de Televisão sejam colocadas na balança da Justiça. “Foi uma ação de canalhas, bandidos sórdidios e mentirosos. Pessoas perigosas. Fica o manifesto de nosso partido contra essa emissora que prestou mais um desfavor ao Brasil. Esse recado é a voz de 80% dos catarinenses”, criticou.
Para a deputada pesselista Ana Campagnolo, o caso é um exemplo claro de que “é preciso tomar lado na política”. A reportagem, na opinião da parlamentar, é uma difamação que surgiu poucos dias depois do empresário Marcos Valério afirmar ao Ministério Público de São Paulo que o ex-presidente Lula é o mandante do assassinato de Celso Daniel, que era prefeito da cidade paulista de Santo André em 2002. Companheiro de bancada de Lima e Ana, o deputado Jessé Lopes questionou quem teria interesse em fazer mal a uma vereadora “que vivia no anonimato, não tinha expressão alguma” antes de ser assassinada. Para ele, Bolsonaro não tem nenhum envolvimento com o caso e vem dedicando-se a governar o país. “Ele está fazendo um Brasil diferente com índices econômicos estratosféricos”, avaliou.