Os desafios e aspectos da Indústria 4.0 estarão em evidência na palestra gratuita promovida pelo SESI e SENAI Criciúma na próxima quinta-feira, 11. O mediador Celson Pantoja Lima irá abordar os pilares tecnológicos e o cenário mundial da 4ª revolução industrial, além dos potenciais impactos no mundo globalizado, futuro do trabalho e das profissões, e as transformações induzidas em alguns setores industriais. O evento ocorre das 8 horas às 9h30, no auditório do SENAI.
“Vivemos a 4ª revolução industrial, a 4ª onda inevitável do Alvin Tofler. Ela, a revolução, instancia-se de formas diferentes em cada país. A indústria 4.0 é a materialização da 4ª revolução industrial na Alemanha. Nos EUA chama-se Manufatura Avançada. Na China, chama-se "China 2025" e o plano chinês engloba aquisição de startups norte-americanas e investimento pesado em 10 áreas científicas e tecnológicas, todas de altíssimo valor agregado. A primeira delas é Computação quântica e Inteligência artificial, e nesta última vários países planejam investir entre milhões e trilhões de dólares até 2030”, pontua o palestrante do evento, Celson Pantoja Lima.
Segundo Lima, a realidade brasileira está distante da realidade das grandes potências. Um diagnóstico feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) chegou a conclusão que o Brasil está na primeira infância da 4ª revolução industrial. Concluindo que, apenas 2% das indústrias se encontram em condições de fazer aquela migração, em comparação com 40% da Alemanha. Visão empresarial (ou a falta dela), estratégia nacional (ou a falta dela também), falta de capital intelectual à altura do que o processo pede, são variáveis de uma equação que não controlamos”, ressalta.
“Se o empresário do setor têxtil não entender que apenas ter costureiros no seu chão de fábrica não é mais suficiente e que as máquinas vão costurar sozinhas e em rede, os costureiros ficarão sem empregos e o empresário vai falir. Por isso precisamos entender que é necessário buscar conhecimento para se adequar a este tempo. Faz-se necessário também buscar conhecimento apropriado para construir uma visão que suporte a evolução da empresa e do respectivo setor ao qual ela pertence. Investir na capacitação dos seus colaboradores. Sem isso não há futuro possível”, completa Lima.