A venda dos 31 veículos da Criciúma Construções via leilão arrecadou R$ 443 mil. Conforme o administrador judicial da empresa, Zanoni Elias, deve levar até um mês para que o dinheiro caia na conta da recuperanda. Aliás, a recuperação judicial que foi prorrogada no fim de 2018 deverá ser concluída antes de 2020.
“Os carros estavam gerando custos para a empresa, então pedimos uma autorização para o juiz, permitindo que fosse realizado o leilão destes veículos”, comentou Zanoni Elias. “Os recursos desse leilão serão enviados para o cofre da empresa. Iremos focar no pagamento das questões trabalhistas e para manter a empresa funcionando”, explicou.
O administrador judicial lembrou que já foram pagos mais de R$ 12 milhões em dívidas trabalhistas e que ainda faltam R$ 4 milhões, a ser quitados em doze meses. O dinheiro do leilão servirá para pagar os custos operacionais da Criciúma Construções, incluindo pagamentos a fornecedores.
Todos os carros colocados à venda foram vendidos, com elevação média de 60% em relação aos lances mínimos. Em julho o Giassi pagou R$ 11,5 milhões por um terreno da empresa. “Já foram vendidos todos os veículos. Talvez a gente possa colocar em leilão algumas máquinas, mas é difícil”, comentou.
A situação de Rogério Cizeski
Proprietário da empresa, Rogério Cizeski tem participado de reuniões envolvendo a Criciúma Construções, até para ficar por dentro, já que assumirá o controle novamente dentro de alguns meses. Antes da recuperação ser finalizada, o Ministério Público tem que reconhecer uma série de pagamentos, enquanto isso, o dono continua sem ter “a caneta na mão”, como disse Zanoni.