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A retomada do Campeonato Catarinense em meio à pandemia de Covid-19 passa por Criciúma. O Tigre encara o Marcílio Dias no dia 8 de julho, uma quarta-feira, a partir das 19h, no estádio Heriberto Hülse, em partida que marca o reinício do Estadual. Mas no Criciúma há um certo clima de desconfiança no ar.
"Quando voltasse o Campeonato Catarinense, já teria que ter um planejamento para o Campeonato Brasileiro. Vamos fazer dois jogos com o Marcílio, se começar dia 8. Eu não acredito que vai começar dia 8", disse o superintendente de futebol do Criciúma, Serginho Lopes, em entrevista ao Timaço da Rádio Som Maior nesta quarta-feira, 17. "Tem um decreto do governo que até dia 5 não pode atividades coletivas, daí o governo fala que os prefeitos decidem. Tem muitos pontos de interrogação naquele decreto, pedimos ao governo que dê um caminho. Está tudo meio que indefinido, nós temos que fazer a nossa parte. Chamamos os jogadores, vamos nos preparar para no dia 8 jogar, sem saber se vai ter", observou.
Sobre as decisões dos prefeitos, em Criciúma não há liberação para os treinos coletivos. O prefeito Clésio Salvaro optou por seguir o decreto estadual, vetando as atividades em conjunto até o dia 5. Com isso, o Criciúma vai para o jogo contra o Marcílio praticamente sem treinos coletivos.
100% nos testes
O Criciúma teve a reapresentação dos seus atletas no começo da semana, com todos sendo submetidos a exames, bem como comissão técnica e funcionários. Foram aplicados 59 testes, e não houve qualquer caso de Covid-19 confirmado no clube. "Desde o início desse caos todo no Brasil, a pandemia, a gente tem acompanhado o Ministério da Saúde e o Governo do Estado. O Estado colocou um decreto que até dia 5 não pode atividades coletivas, até então a gente tem entendimento que segue nessa linha", observou, relatando as dificuldades para realizar os treinamentos sem a liberação para treinos coletivos, apenas individuais. "Estamos tentando dentro do protocolo, temos cumprido, atividades individualizadas no CT, tudo meio que indefinido. A FCF e a Associação de Clubes passaram a carroça na frente dos bois", reclamou o dirigente.
Serginho observa, ainda, a complicação que cria a falta da definição de um calendário pós Estaduais, para o Brasileiro. "Daí não tem uma tabela definida para o Brasileiro. Mata-mata, tudo pode acontecer. Você perde o jogo e tem Campeonato Brasileiro, como vai fazer? Está tudo estranho. Aqui em Santa Catarina os números têm aumentado por conta do frio, que é muito intenso. São muitas situações que nos deixam em dúvidas, vocês da imprensa também", referiu. "A CBF deixou nas mãos das federações, deveria ser o contrário, a CBF ter um planejamento e descer para as federações, mas a coisa está torta", salientou.
Contratações chegando
Mesmo com as incertezas, o Criciúma contrata. O clube já recebeu o zagueiro Maurício e o meia Jean Dias. "Esses jogadores já se apresentaram, mas vamos anunciar amanhã ou depois, com os contratos assinados", destacou Serginho. "O Jean Lucas também se apresentou com o grupo. Não podemos inscrever o atleta, pois já jogou o Catarinense pelo Concórdia. Estamos vendo ainda um atacante de área, um zagueiro e um volante, dentro do planejamento, que a gente possa montar uma equipe competitiva", completou. "Temos que fazer a nossa parte, para que a gente possa estar apto no dia 8, no que está previsto pela Associação de Clubes e FCF", finalizou.
Ouça a entrevista do superintendente de futebol do Criciúma no podcast:
