O prefeito Orildo Severgnini, de Major Vieira, ainda está na presidência da Federação Catarinense dos Municípios (FECAM). Mas pode ser por pouco tempo. Ocorre que a atual diretoria, que assumiu a entidade municipalista no começo de junho, está pedindo o afastamento de Servergnini, que está sendo investigado em operação do Gaeco.
A Operação Et pater filium, em investigação do Ministério Público (MPSC) e da Polícia Civil, apura possível organização criminosa que estaria praticando fraudes em licitações e corrupção no município de Major Vieira. As buscas chegaram à sede da prefeitura e à casa do prefeito Severgnini, e ainda em um prédio onde reside um dos filhos do chefe do Executivo.
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No que foi apurado até agora, constatou-se uma ligação próxima entre empresários e funcionários públicos para direcionar contratações públicas, boa parte delas no ramo da construção civil, com foco em empresas parceiras e tendo como contrapartida o pagamento de vantagens ilícitas aos agentes públicos envolvidos. Vinte mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Major Vieira, Balneário Piçarras e em União da Vitória, no Paraná.
O afastamento
Depois que a operação veio à tona, Severgnini pouco apareceu em ações da FECAM, tanto que o vice-presidente Paulo Weiss vem desempenhando as funções executivas da entidade. Weiss, que é o prefeito de Rodeio, deverá ser confirmado na presidência caso seja consumado o afastamento de Severgnini no decorrer das investigações.
Crítico do governo
Severgnini tem sido bastante crítico do desempenho do governo Carlos Moisés no combate à pandemia de Covid-19, e citou ações desempenhadas na sua cidade. Major Vieira registrou o primeiro caso de coronavírus faz poucos dias. "O povo não morde", disse Severgnini, em uma entrevista à Rádio Som Maior e criticando Carlos Moisés no começo de junho.