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Geralmente divulgados até o dia 20 do mês subsequente ao período de referência, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) terão um intervalo maior, de dois meses, para publicação a partir deste ano. Assim, os números de desligamentos e admissões, bem como o saldo mensal de empregos formais, de janeiro serão conhecidos apenas na segunda quinzena de março.
Conforme o órgão federal, o atraso ocorre por conta da substituição do envio de informações em sistema específico do Caged, que tinha como data limite o dia 7 do mês subsequente, pelo Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial), com data limite para o dia 15 do mês subsequente.
Simplificação
Segundo o Governo Federal, a substituição do Caged pelo eSocial é uma das ações para consolidar e simplificar obrigações aos empregadores. A partir de 2020, a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) também não precisará mais ser apresentada por empresas que usam o eSocial, que passará a ser a única base de dados para as estatísticas do trabalho.
Com isso, a intenção é reduzir as obrigações das empresas e também o número de inconsistências que acabavam ocorrendo em função da existência de três bases de dados diferentes tratando do mesmo assunto.
Mudança gradual
Ficarão de fora da mudança do Caged, por enquanto, órgãos públicos e entidades internacionais, que ainda não estão obrigados a usar o eSocial. No caso da Rais, além dos órgãos públicos e entidades internacionais, estão excluídos os empregadores enquadrados no grupo 3 do cronograma de implantação do eSocial.
Para esses grupos, as alterações serão graduais, na medida em que os empregadores forem obrigados a adotar o eSocial. A expectativa é de que em 2021 ninguém mais precise preencher o Caged e, em 2022, a Rais.
Saldo positivo
A divulgação mais recente dos dados do Caged aconteceu no dia 24 de janeiro, referentes a dezembro, e apontou saldo positivo na geração de empregos no país em 2019, com a abertura de 644.079 novos postos de trabalho com carteira assinada.
Em Santa Catarina, de janeiro a dezembro do ano passado, foram registradas 1.067.335 admissões, contra 995.929 desligamentos, resultando em saldo positivo de 71.406 empregos.
Dos 12 municípios que compõem a Região Carbonífera, dez terminaram o ano com saldo positivo no comparativo entre contratações e demissões. Apenas em Nova Veneza (-14) e Treviso (-98) as empresas apresentaram mais desligamentos do que admissões.
Maior município da região, Criciúma liderou o ranking, com 1.879 vagas criadas.
A segunda colocação ficou com Siderópolis, com 1.278 novos postos. Içara aparece em terceiro, com 861. Na quarta posição, Forquilhinha teve 412 novos empregos gerados. Entre os demais municípios, Cocal do Sul teve saldo de 250, Urussanga registrou 166, Lauro Müller gerou 122, Morro da Fumaça criou 88 e Balneário Rincão fechou com saldo positivo de nove.
