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Drogas: um vício que começa na juventude

Pesquisa encomendada pela Câmara de Criciúma revela que 70% dos 5,5 mil dependentes iniciaram o consumo entre os 10 e 20 anos

Por Amanda Farias Criciúma, SC, 06/09/2019 - 15:53 Atualizado em 06/09/2019 - 15:59
Arquivo / 4oito
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Tem aumentado significativamente nos últimos anos, em Criciúma, o número de usuários de drogas. A maior parte do consumo tem se concentrado no álcool, que é classificado como uma droga lícita. Somente na cidade, são mais de 5,5 mil dependentes de diversos tipos de drogas.

Uma pesquisa encomendada pela Câmara de Vereadores e realizada pelo Instituto de Pesquisa Catarinense (IPC) aponta que, do universo de dependentes, 75% são usuários de álcool; 62% de maconha; 36% de cocaína e 32% de crack.

Devido a preocupação com os dados alarmantes, a Câmara vai realizar nesta sexta-feira, 6, às 19h, uma audiência pública no Paço Municipal Marcos Rovaris. A inciativa é do vereador Pastor Jair Alexandre.

A dependência dos jovens

De acordo com a pesquisa, a maior incidência de dependentes químicos possui faixa etária de 25 a 34 anos, e corresponde a 28%. A pesquisa traz dados de pessoas de 10 anos de idade, distribuída em sete faixas etárias, que vão até mais de 60 anos. De modo geral, 89% dos usuários são homens, 56% possuem ensino fundamental, 36% estão desempregados e 43% não possuem renda mensal.

Outro dado apurado acusa o quanto os jovens estão envolvidos pela dependência. A pesquisa apontou que 9% começam o vício entre 10 e 12 anos. Entre os 17 e 20 anos, são 29%. Outros 32% contaram que iniciaram nas drogas entre os 13 e 16 anos. Na soma, a pesquisa aponta que 70% dos que se reconheceram usuários começaram no vício entre os 10 e 20 anos.

A pesquisa será divulgada em detalhes na noite desta sexta, durante a audiência pública, e estará disponível também pelo site do Legislativo a partir de segunda-feira.

Chamar a atenção

Segundo o vereador Pastor Jair Alexandre, o intuito da audiência é chamar a atenção das pessoas e principalmente do poder público. “Na última vez que foi feito um levantamento, em 2012, havia quatro mil usuários de drogas, e hoje passa de cinco mil. Queremos chamar atenção do poder público para investir em comunidades terapêuticas, já que atualmente existem quatro que estão regulamentadas”, ressalta.

Vereador Pastor Jair Alexandre / Arquivo

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