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Eduardo Moreira sobre ser prefeito: “É uma opção de vida”

Ex-prefeito de Criciúma falou ao Programa Agora um pouco de suas ações como gestor da cidade

Por Marciano Bortolin Criciúma, SC, 18/08/2020 - 17:30 Atualizado em 18/08/2020 - 17:39
Foto: Arquivo / 4oito
Foto: Arquivo / 4oito

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O programa Agora iniciou nesta terça-feira, 18, na Rádio Som Maior, uma série de entrevistas com ex-prefeitos de Criciúma. Nelas, os gestores do passado vão contar suas experiências à frente do Paço Municipal, em uma forma de contar um pouco do passado político da cidade, a menos de três meses das eleições de 15 de novembro.

Eduardo Pinho Moreira foi prefeito pelo então PMDB entre 1993 e 96. Ele foi o primeiro entrevistado no especial. Confira:

Saúde e transporte

Antes de ser vice-governador de Santa Catarina por duas vezes e governador, Eduardo Pinho Moreira (MDB), comandou a cidade de Criciúma. A sua gestão, que foi de 1993 a 1996, é lembrada principalmente pela implantação do sistema integrado de transporte, mas não é esta a ação que mais lhe dá orgulho, e sim o que foi feito na saúde.

“Minha grande ação foi na saúde. As pessoas mais antigas se lembam que ao lado do Detran, era o antigo Inamps, e lá ia formando uma fila que dava volta na rua, onde as pessoas tiravam ficha para consultar com especialista. Aquilo virava um mercado porque algumas pessoas ficavam para vender a ficha no dia seguinte pela manhã e era uma coisa que me desagradava. Uma das minhas missões era acabar coma fila. As consultas começaram a ser marcadas por computador nos postos dos bairros. Outro fato, é que os moldes do Samu de hoje foi inspirado no Disque Ambulância. Tínhamos um médico, um enfermeiro que ficavam 424 horas à disposição. O meu primeiro ato como prefeito foi acabar com a cobrança que tinha no Hospital São José. O Município passou a pagar os plantonistas do hospital para atender gratuitamente a população, entre outras ações na saúde. A saúde teve a minha grande atenção”, contou.

Com relação ao sistema integrado de transporte, ele fala que é a obra mais visível. “A obra visível, indiscutivelmente, é o sistema de transporte. Na se vendia em torno de 50 a 55 mil passagens por dia e as pessoas passavam por cima da Avenida Centenário para pegar o ônibus no outro lado. Fizemos esta obra importante. O primeiro município de Santa Catarina a ter o sistema de transporte integrado foi Criciúma. Para ir da Próspera ao Pinheirinho se comprava duas passagens antes”, lembrou.

Construção de um dos terminais do sistema de transporte de Criciúma
Foto: Arquivo / Prefeitura de Criciúma

O ex-prefeito contou ainda que o projeto original previa a continuação do sistema. “Ninguém deu sequência. Tínhamos quase 100 linhas e todas vinham até o Centro e quando implantamos o terminal da Próspera e do Pinheirinho, os ônibus alimentadores iam até lá e o amarelinho corria pelo canteiro central. Depois levava par ao Rio Maina e Quarta Linha. Era um projeto que não teve sequência”, lamentou.

Moreira fala que a administração marcou época na cidade. “Tivemos algumas transformações em setores que eram mais urgentes. Criciúma era uma cidade pujante que era a quarta cidade do estado em número de eleitores, quarta ou quinta em receita, arrecadação, uma cidade que permitia grandes ações”, salientou.

“Tem que querer ser prefeito”

Para quem pretende se arriscar no pleito deste ano, Moreira disse que é preciso querer ser prefeito. “A pessoa tem que querer ser prefeito. É uma opção de vida. Porque isso vai te determinar você abandonar um pouco a sua família, digo a convivência com a família para se dedicar às demandas da sociedade. Criciúma é uma cidade que ficou, entre aspas, pequena. Porque temos Forquilhinha que se emancipou, Içara, que se emancipou e as grandes áreas de desenvolvimento industrial ficaram nos municípios vizinhos. É preciso ter uma integração regional. A questão do lixo tem que ser integrada, o transporte. E Criciúma assumir o seu papel de centro comercial, na área da saúde. Modernizar a cidade e humanizar a cidade”, apontou.

Deputado federal nos anos 80, antes da primeira tentativa de ser prefeito, Eduardo Moreira com Ulysses Guimarães na Câmara

Antes da primeira vitória, o aprendizado

Antes de sentar na cadeira do Paço Municipal Marcos Rovaris, Eduardo Pinho Moreira teve um revés. Se arriscou na eleição de 1988, quando já era deputado federal, mas não conseguiu superar Altair Guidi, o candidato apoiado pelo então prefeito José Augusto Hülse e que já havia comandado a cidade antes. “Em 1986 fui candidato a deputado federal com o chamado voto do coração, como cardiologista que atendia Criciúma e toda a região, então fiz uma campanha em cima deste projeto. Era um momento da Assembleia Constituinte. Eu não tinha militância partidária, acabei sendo deputado federal e isso de alguma forma me projetou. Em 1988 na sucessão de José Augusto Hülse, eu não queria ser candidato, estava no meio do mandato de deputado, em um momento importante da vida nacional. Tanto que a nova Constituição foi promulgada. Eu morava em Brasília, minha família morava em Brasília. Acabei vindo no fim da campanha e acabei tendo uma disputa bonita com o Altair Guidi. Perdi por meio por cento, quando ele tinha no começo da campanha 50% e eu 5%. A partir dali eu vi que ia me preparar para a prefeitura. Na eleição seguinte fui candidato contra o sucessor do Altair Guidi era Moacir Fernandes que tinha sido em 1991 campeão da Copa do Brasil com o Criciúma. Foi uma eleição que acabei ganhando naquela época com uma diferença bastante significativa e me consolidei como político”, pontuou.

Confira a entrevista completa do ex-prefeito de Criciúma, Eduardo Pinho Moreira ao Programa Agora, da Rádio Som Maior:

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