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“Em alguns momentos sentimos que não somos valorizadas”, diz vereadora Geovana

Geovana é uma das duas vereadoras que fazem parte da Câmara de Criciúma

Por Paulo Monteiro Criciúma - SC, 06/03/2020 - 12:24 Atualizado em 06/03/2020 - 12:25
Foto: Luana Mazzuchello
Foto: Luana Mazzuchello

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Os desafios de ser mulher em uma sociedade machista vai para além das residências, estando presente em cargos profissionais e, também, políticos. Em entrevista ao programa Adelor Lessa desta sexta-feira, 6, voltado para o lançamento do Projeto Elas e para o Dia das Mulheres, a vereadora Geovana Zanette destacou algumas das dificuldades e lutas diárias der ser uma mulher em meio à Câmara de Vereadores.

A conquista do voto tardio, que mesmo quando conquistado veio acompanhado de uma necessidade de permissão por parte do marido, é um dos fatores levantados por Geovana - que é uma das duas vereadoras mulheres que fazer parte da Câmara criciumense. 

“Somos apenas duas na Câmara, eu e a Camila, e em alguns momentos sentimos que não somos tão valorizadas, tanto que a mesa da Câmara só tem homens. Pensamos que podiam ter a sensibilidade de convidar uma mulher para estar na mesa da câmara, mas não aconteceu até agora”, ressaltou.

Para Geovana, o espaço da mulher na política, assim como em outros meios, é algo que vem sendo adquirido com o passar do tempo, com uma luta diária. Candidata à reeleição, a vereadora ressalta que é preciso encorajar e inspirar outras mulheres para que estas entrem na política.

“Pensamos em fazer um curso e encorajar essas mulheres para serem candidatas. Não adianta chegar agora, em 2020, e querer fazer uma nominata recheada de mulheres. Enquanto vereadora eu penso que preciso inspirar outras mulheres”, disse.

O que encorajou Geovana a entrar na política, foi o meio de luta em que sempre esteve inserida. “Eu moro em um bairro que tem muitas necessidades e eu sempre lutei por isso. Fui diretora de escola, sempre briguei por ampliação e tive esse contato com o executivo, com a secretaria de educação e a prefeitura. Sempre fomos a luta para as pessoas, para conquistar as coisas para o bairro”, concluiu.
 

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