O ex-secretário de Estado da Saúde, Helton Zeferino foi ao Gaeco nesta terça-feira, 5, onde prestou depoimento sobre a compra dos 200 respiradores por parte do governo. Os equipamentos custaram R$ 33 milhões, pagos de forma antecipada e ainda não foram entregues. Trechos do depoimento foram revelados pela NSC TV nesta quarta-feira, 6.
Zeferino falou durante cerca de quatro horas em depoimento que iniciou às 14h. Além de entregar o celular à polícia para que seja feita a devida perícia, ele afirmou que autorizou a compra dos respiradores, tendo como base parecer jurídico da Secretaria de Estado da Saúde, mas negou que tenha autorizado o pagamento.
Além disso, o ex-responsável pela saúde do Estado destacou que a Casa Civil, comandada pelo secretário Douglas Borba participou diretamente das compras do governo e que Borba pressionou o governo em pelo menos quatro oportunidades, que trouxe a empresa do Rio de Janeiro, pressionou que fosse realizada a compra dos EPIs no valor de R$ 70 milhões, que foi barrada pela Controladoria Geral do Estado, participou da contratação do hospital de campanha, que não vingou, e fez pressão para que fosse feito o pagamento de R$ 40 milhões para uma empresa que fez a gestão do Samu.
Confira também:
Kennedy Nunes sobre Douglas Borba: “Ele é o PC Farias de Moisés”
Carlos Moisés a perigo. Chegando a hora de Daniela?
Deputado pergunta: “Douglas Borba é representante Comercial?”
“Está todo mundo atônito com esta compra”, diz Naatz
Ivan Naatz é o relator da CPI dos Respiradores
Esta foi a segunda vez que o secretário prestou depoimento ao Gaeco. O primeiro ocorreu no domingo, 3. Zeferino pediu exoneração na última quinta-feira, 30 de abril, após a polêmica envolvendo a compra dos respiradores da empresa carioca Veigamed.
Até agora, nenhum respirador chegou
Em entrevista à NSC TV, Douglas Borba reafirmou que não teve participação. A compra dos equipamentos foio efetuada em 26 de março, sendo que cada um custou R$ 165 mil aos cofres do Estado, sendo mais caro que aqueles adquiridos pelo Governo Federal. Os primeiros 100 respiradores deveriam chegar a Santa Catarina em 7 de abril e o restante até o dia 30 de abril, mas até agora nenhum chegou.