A atividade da mineração continua em Criciúma e região. "Por sua função estratégica, para a garantia do fornecimento de energia elétrica", lembra o diretor-executivo do Sindicato da Extração de Carvão de Santa Catarina (Siecesc), Márcio Cabral. Para tratar das precauções e garantias de segurança aos trabalhadores na luta contra o novo coronavírus uma teleconferência foi realizada nesta segunda-feira, 23, entre lideranças dos sindicatos de mineiros da região e diretores das carboníferas.
"Foi uma reunião muito produtiva, com a participação de todas as partes", elogiou o presidente do Sindicato dos Mineiros de Criciúma, Djonatan Elias. "A conversa está boa, afinada, tanto pelas mineradoras quanto pelos sindicatos. A ideia é unir para manter a segurança do trabalhador e das famílias", destacou.
Entre as medidas em estudo, a possível implantação de centros de triagem nas carboníferas. "A ideia é buscar o apoio da Unesc, o Siecesc já fez contato. Daí o mineiro chega, é aferida a temperatura, levantado o histórico para ver se ele tem condições de continuar trabalhando", informou o presidente. "Está sendo criado um protocolo único entre as carboníferas, para que todas estejam unificadas, o que uma faz e dá certo, a outra faz também", acrescentou.
Medidas de apoio psicológico aos trabalhadores e garantia de condições de trabalho também estão na ordem do dia. "As mineradoras estão oferecendo álcool gel nas suas instalações. Na Catarinense em Lauro Müller e na Rio Deserto, em Içara, vimos que tem. A Belluno está resolvendo até hoje, já que tem falta nos fornecedores", observou Elias. "Estamos vendo o esforço das empresas nessas providências urgentes", reiterou.
A higienização está reforçada nos ambientes de trabalho dos mineiros, e houve incremento na oferta do transporte. "Fui na saída da Mina 101 da Rio Deserto, em Içara, e percebemos que colocaram mais carros para o transporte. E a Metropolitana está oferecendo um valor para o trabalhador que quiser ir de carro e moto, para evitar usar o ônibus. É uma boa medida também", acrescentou. "Mas o trabalhador que for de carro, não adianta ir de carro e levar cinco trabalhadores", observou. "E o sindicato recomenda, para quem puder, que fique em casa", concluiu o sindicalista.