A possível saída do arroz da cesta básica provocou a suspensão nas vendas da empresa Fumacense Alimentos, uma das principais marcas do grão no Estado, nesta quinta-feira, 1º. A empresa reclama que a retirada do produto na cesta básica causaria o aumento da alíquota do ICMS, que passaria dos 7% para 9,91%. Ela alega que o governo estadual prometeu que voltaria atrás na decisão, o que não aconteceu até a tarde desta quinta.
Nivaldo Volpato, superintendente geral da Fumacense, estima que a empresa deixou de comercializar 400 toneladas de arroz, o que movimenta um valor de R$ 800 mil. A Fumacense interrompeu 100% das vendas diárias, operando apenas com a retirada de produtos para compradores que haviam acertado a comercialização previamente e vieram de outras cidades para efetuar a compra.
“Esse aumento da alíquota vai impactar diretamente no bolso do consumidor e também vai baixar a competitividade das arrozeiras catarinenses em relação à indústria gaúcha”, avalia Nivaldo.
Nivaldo ainda esclareceu que a partir da sexta-feira a empresa voltará a operar normalmente, com o acréscimo de 3,3% no preço do arroz. A expectativa da Fumacense, até a tarde desta quinta-feira, era de que a secretaria da Fazenda lançasse um comunicado estendendo por 30 dias a inclusão do arroz à cesta básica, o que não aconteceu.
A Associação Catarinense de Supermercados (Acats) se manifestou contrária à retirada de produtos da cesta básica, que acarretariam em aumento das alíquotas de ICMS. O impasse atinge escalões do poder executivo e legislativo e parece não haver uma definição concreta sobre o assunto.
A reportagem procurou a secretaria da Fazenda para um pronunciamento, mas a pasta responde apenas por e-mail. Foi enviado um e-mail com as perguntas para a explicação do caso.