A Polícia Civil, através da 2ª Delegacia de Polícia, apurou que crimes ambientais estavam acontecendo desde o ano de 2017 junto a uma empresa localizada na Vila Macarini, em Criciúma. A operação teve o apoio do Serviço Aeropolicial da Polícia Civil (SAER), Instituto Geral de Perícias (IGP) e Fundação do Meio Ambiente de Criciúma (FAMCRI).
Imagens obtidas pelo SAER no distrito do Rio Maina, em setembro, indicavam que a empresa estava despejando e lançando resíduos de cor azulada, provenientes da produção, junto ao rio. A partir dai a Polícia Civil começou as investigações e detectou que o problema era antigo - ocorria desde 2017 - e o despejo continuou no rio.
Foram feitas várias incursões no local tanto por parte dos policiais da 2ª DP quanto por representantes do SAER, IGP e da FAMCRI. Foi verificado então a periodicidade dos lançamentos dos resíduos da produção no rio, que tinham toxidade e causavam males tanto aos seres humanos quanto à fauna e flora.
De posse de análises da FAMCRI e do laudo pericial realizado pelo IGP, a investigação foi concluída com o indiciamento dos empresários por crime ambiental, previsto no Artigo 54 da Lei 9.605/98 - Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.