Com o objetivo de promover o crescimento de uma determinada região, o Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata) tem chamado a atenção após a assinatura de um contrato de financiamento de US$ 25 milhões em obras estruturantes para Criciúma. Apesar disso, a maioria das pessoas não sabe exatamente do que se trata este Fundo Financeiro. A presidente executiva interina do Fonplata, Luciana Botafogo esclareceu essa dúvida.
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“É um banco de desenvolvimento com capital própria, que capta recursos no mercado internacional e o investe emprestando aos países-membros”, resumiu Luciana. Diferente de bancos como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), o Fonplata é multilateral, ou seja, vários países são seus donos.
De onde vem o capital?
Os cinco países-membros são da região Sul da América: Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai. O capital de investimento vem do tesouro dessas nações. “A gente tem o capital, que é aquilo que entra no banco e garante a nossa classificação de risco. Com isso a gente pode emitir bônus, captar recursos no mercado internacional e emprestar para os nossos países-membros”, explicou a presidente executiva.
Projetos visam desenvolvimento
Os empréstimos realizados pelo Fonplata são de caráter econômico, ou seja, seus projetos visam o desenvolvimento de determinada região. Por isso, a maioria dos investimentos é feita em setores públicos. O foco das operações está em pequenos e médios projetos, com um valor médio de US$ 30 milhões. Seu objetivo é enfocar a integração regional das áreas mais vulneráveis, principalmente nas regiões com desigualdades físicas, econômicas e sociais.
“Nós não vamos fazer um empréstimo que o setor privado, por si só, pode fazer. Como, por exemplo, um indivíduo ou empresa que quer comprar um carro. Tem bancos privados que provêm esse tipo de empréstimo. Nós fazemos exclusivamente empréstimo para desenvolvimento”, destacou Luciana.