Os problemas para o desenvolvimento de Blumenau e dos municípios do Sul do Estado foram o tema de destaque na sessão da Assembleia Legislativa desta quinta-feira, 5. Os deputados estaduais Ricardo Alba (PSL) e José Milton Scheffer (PP) utilizaram a tribuna para alertar sobre situações que consideram emergenciais para os catarinenses que moram nas regiões representadas por eles.
Alba levou ao Plenário dados sobre a situação econômica das cidades de Santa Catarina, destacando os índices de crescimento alcançados em 2018 pelos maiores municípios. A arrecadação de ICMS de Itajaí, mostrou, cresceu 28%, Jaraguá do Sul subiu 11%, Joinville chegou a 10%, Florianópolis somou 6% e Chapecó ganhou 5%, enquanto Blumenau sofreu uma redução de 1,45%. “Na semana que Blumenau comemorou 166 anos, recebemos o comunicado que a empresa Souza Cruz fecha suas portas. Enquanto isso, vemos que as principais cidades estão se desenvolvendo economicamente, mas Blumenau está na contramão”, criticou.
O parlamentar questionou se as causas seriam o excesso de burocracia na prefeitura da cidade ou se falta um olhar mais apurado par a inovação e empreendedorismo. “Será a burocracia na emissão de licenciamentos ambientais? Ou a prisão de determinados cargos comissionados por corrupção estão gerando desconfiança no empresariado para buscar a cidade ? Alguma coisa está errada”, comentou.
Por sua vez, Scheffer tratou de tema semelhante. O deputado destacou que a questão estruturante do Sul do Estado estagnou na última década por falta de estrutura. De acordo com ele, a região deixou de aproveitar o momento de crescimento do país e de Santa Catarina. “As reivindicações permanecem, principalmente sobre obras governamentais que ficaram pelo caminho, tanto federais quanto estaduais. O porto de Imbituba carece de investimentos, novas rotas e precisa de um olhar diferenciado do atual governo, para cumprir com sua missão”, exemplificou. O pepista lembrou ainda da falta de uma ferrovia ligando o Oeste ao Sul, obra reivindicada há décadas e da urgência em alargar as pistas do Aeroporto de Jaguaruna, bem como ampliar o número de voos para a região.
“E a BR 101, cuja falta de duplicação custou a não vinda de empresas e hoje ainda não está terminada e tem trechos que precisam de atenção na manutenção”, citou antes de lamentar também sobre o anúncio do governo federal que não há recursos para concluir a BR 285 no trecho da Serra da Rocinha, que liga a Br 101 Sul, em Araranguá, até Uruguaiana, Rio Grande do Sul, divisa com a Argentina. “Conclamo a união das lideranças do Sul, políticas, comunitárias, empresariais. Precisamos também do apoio da Fiesc”, concluiu.