Aos 37 anos, Nelson Alexandrino assumiu o comando de Criciúma. À época foi considerado um jovem para o cargo. Nesta segunda-feira, aos 86, esteve na cidade que governou para receber uma homenagem na Câmara de Vereadores, Casa em que esteve por dois mandatos e que foi presidida por ele em duas oportunidades.
Vontade desde pequeno
Nascido em Imaruí, Alexandrino chegou em Criciúma ainda garoto e já tinha em mente o que desejava para o futuro. “Desde pequeno, desde novo, tinha o desejo de ser ou vereador ou prefeito, eu queria ter uma posição dentro do município e consegui e isso não se consegue de uma forma tão rápida, tem que ter alguma coisa para mostrar, tem que ter capacidade, vontade de trabalhar e ser honesto, o que já era muito difícil naquela época”, relembra o ex-prefeito.
Sua eleição para prefeito foi viabilizada em 1969 pelo colega de escola, dos tempos de Lapagesse, João Sônego, que acabou sendo o seu vice. “Eu tinha um vice-prefeito muito trabalhador, muito exigente e não dava mole. Era o João Sônego”, conta Alexandrino. Sônego era presidente do MDB e convenceu Alexandrino a assinar ficha em 19 de setembro daquele ano. Até então, Alexandrino era ex-PSD e ex-arenista.
O livro ‘História Política de Criciúma’, dos professores Janete Trichês e João Henrique Zanelatto, relata que a vitória veio com 10.612 votos (63,58%). O segundo colocado foi Francisco Canziani (Arena 3) que recebeu 4.969 votos. “Nós tínhamos adversários, mas eu nunca desanimei. Não sei porque, mas eu achava que ia chegar lá. Tinha muita força de vontade e eu era um guri. Fomos, vimos e vencemos, eu e o João Sônego”, relata. “Era um guri e ninguém acreditava”, cita mais uma vez.
Nelson Alexandrino vai participar do Programa Adelor Lessa nesta terça-feira, na Rádio Som Maior.