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"Erro primário": Raimundo Colombo sobre acusação de Moisés

Nessa segunda o governador afirmou que antecessor usou empréstimo feito em 2013 para "agradar aliados"

Por Vítor Filomeno Criciúma, SC, 26/04/2022 - 11:55 Atualizado em 26/04/2022 - 12:07
Foto: Arquivo/4oito
Foto: Arquivo/4oito

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Na noite dessa segunda-feira, 25, o governador Carlos Moisés fez uma postagem em sua conta no Twitter, ironizando o empréstimo feito pelo seu antecessor, Raimundo Colombo, em 2013, no valor de R$ 3 bilhões e o pagamento de R$ 1,5 bi em juros e encargos.

Veja a postagem do governador Carlos Moisés ou clique aqui:

Ainda na noite de segunda, o Governo do Estado divulgou uma nota, explicando o comentário feito pelo governador e reforçando as acusações contra o ex-governador Colombo. Segundo a publicação, o financiamento feito pelo antecessor foi utilizado para "agradar prefeitos aliados com vistas às eleições de 2014".

Leia a nota na íntegra:

Governador de SC expõe dívida deixada por antecessor

 

O governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (Republicanos), usou as redes sociais para expor um empréstimo feito em 2013 pelo antecessor, Raimundo Colombo (PSD). Moisés é um forte crítico da prática de usar empréstimos como principal forma de bancar os investimentos públicos.

O contrato de financiamento foi usado por Colombo para repassar recursos a municípios e agradar prefeitos aliados com vistas às eleições de 2014. O pessedista deixou o cargo em 2018, mas os catarinenses ainda vão pagar a dívida até 2035. A amortização só começou em 2020, já no mandato de Carlos Moisés.

De acordo com Moisés, o contrato de financiamento era de R$ 3 bilhões. Mais de R$ 1,5 bilhão já foi pago e, depois de nove anos, o Estado ainda deve "praticamente os mesmos R$ 3 bilhões", porque os juros fizeram o valor da dívida crescer. Os números usados pelo governador constam na prestação de contas de 2021, entregues ao Tribunal de Contas do Estado.

Na postagem de Carlos Moisés, ele conclui que os empréstimos eram feitos porque "era o caminho mais cômodo" e que, na gestão anterior, ações como o enxugamento da máquina e o combate à corrupção estavam "fora de cogitação".

Em entrevista ao Programa Adelor Lessa, da Rádio Som Maior, desta terça-feira, 26, o ex-governador Raimundo Colombo afirmou que publicação do chefe do Executivo catarinense foi um "erro primário" e que, se estivesse no lugar de Moisés, teria demitido toda a assessoria.

"Se eu fosse o governador Moisés, demitiria a assessoria e quem o orientou a escrever isso, porque é um erro tão grande, tão primário. Eles não leram a súmula que eles mesmos publicaram. Esse empréstimo resulta de um plano de compensação do Governo Federal para os governos estaduais que foram prejudicados pela resolução 13, aquela que prejudicou os portos e unificou o ICMS de importação", comentou.

Em seguida, ele explicou a origem do empréstimo. "Naquela época, Santa Catarina perdeu R$ 90 milhões por mês com essa decisão. Nós fizemos uma briga muito grande com o Governo, eles fizeram uma compensação e ofereceram à Santa Catarina, Espírito Santo e Goiás, que foram os três estados prejudicados. Com isso, nós acessamos um dinheiro super barato, que está colocado na súmula, é 0,8% ao ano, com sete anos de carência e 25 anos para pagar", detalhou.

Ouça a entrevista completa do ex-governador Raimundo Colombo:

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