Pouco depois de ser eleito relator da CPI dos Respiradores, o deputado estadual Ivan Naatz (PL) falou ao programa Ponto Final da Rádio Som Maior sobre os primeiros movimentos da comissão criada na Alesc para investigar o pagamento adiantado de R$ 33 milhões por 200 respiradores. Os equipamentos ainda não foram entregues. “Vamos traçar uma estratégia de investigação. A proposta é de responder o mais rápido possível aos questionamentos que a sociedade está fazendo. Está todo mundo atônito com esta compra, exigindo uma resposta rápida”, disse.
Além da Alesc, que também tem uma comissão que acompanha o combate à Covid-19, o parlamentar citou outros órgãos que trabalham nesta questão como Gaeco, Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), Tribunal de Contas do Estado (TCE). O meu desejo e da Alesc é responder aos catarinenses o mais rápido possível nesta compra dos respiradores”, comentou.
Na sessão da tarde desta terça-feira, 5, o deputado Maurício Eskudlark entrou com pedido de afastamento do governador Carlos Moisés da Silva (PSL), fato também comentado por Ivan Naatz. “Não conheço o teor do pedido do deputado Eskudlark, acredito que temos que ter todo o cuidado possível. As acusações devem ser sempre fundamentadas porque não tem como reparar depois. O momento é de fazer as investigações, consolidar as provar e elementos que vinculem as pessoas responsáveis ao caso. Quem apertou o botão que transferiu os R$ 33 milhões do Governo do Estado. Vamos identificar a pessoas responsáveis por isso. Se teve participação do governador”, ressaltou.
Nesta quarta-feira, 6, Naatz fará reunião com o presidente da CPI, deputado Sargento Lima (PSL) e com o presidente da Alesc, Julio Garcia (PSD), para encaminhar os trabalhos da comissão. “Vou apresentar a minha ideia de investigação, vamos precisar de funcionários para auxiliar e fazer um desenho da CPI nesta semana e na semana que vem começar a encaminhar e ouvir as primeiras pessoas neste processo. O Douglas Borba (secretário da Casa Civil) será chamado, esta menina (servidora demitida), outros servidores da secretaria para falar como os procedimentos aconteciam. Fazer do menos importante para o mais importante, com possibilidade de voltar para acareações. No fim vamos identificar, tenho certeza, quem participou deste processo e depois entregar para o Ministério Público. Não tem mais espaço para corrupção no Brasil e aqui em Santa Catarina”, concluiu.