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Estado deixa de arrecadar R$ 7 milhões por mês por causa do contrabando de cigarros

No Sul catarinense, ao menos quatro grandes apreensões foram feitas pela polícia, incluindo uma carga de 325 mil carteiras em Araranguá

Por Heitor Araujo Criciúma - SC, 23/01/2020 - 11:43 Atualizado em 23/01/2020 - 11:46
Fotos: Divulgação
Fotos: Divulgação

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A tarde de quarta-feira foi mais uma de apreensão de cigarros contrabandeados no Sul Catarinense. Nos últimos três meses, foram pelo menos quatro apreensões pelas policiais locais. Nesta última, foram encontradas 10,5 mil carteiras do produtos. De acordo com dados da Polícia Militar (PM), a venda dos produtos ilegais faz com que o estado de Santa Catarina deixe de arrecadar R$ 7 milhões de impostos por mês ou R$ 84 milhões por ano.

A apreensão que salta aos olhos nos últimos meses foi feita pela Polícia Civil no dia 31 de outubro do ano passado. Em Araranguá, a equipe comandada pelo delegado Jorge Giraldi encontrou um caminhão, que havia atolado em uma estrada de interior, com a mercadoria completa de cigarros de origem paraguaia: foram apreendidas 325 mil carteiras, número considerado recorde pelo delegado.

De acordo com Giraldi, grande parte das apreensões feitas no Sul catarinense tem como destino o próprio Sul. "Criciúma é uma cidade grande e de muita demanda, vários estabelecimentos. Quanto maior a cidade, maior o comércio. São muitos estabelecimentos na região. Podemos dizer que o cigarro que chega aqui é distrubído por todo o Sul", afirmou. 

A Polícia Militar informou que 48% dos cigarros vendidos em Santa Catarina são de origem ilegal. A situação é facilmente identificada pois, de acordo com o delegado da Civil, os estabelecimentos podem vender apenas cigarros fabricados no país. É comum, segundo Giraldi, encontrar carteiras de origem uruguaia ou paraguaia em estabelecimentos durante buscas da Civil.

Toda a carga de cigarro contrabandeada encontrada pela Polícia Civil ou Militar são encaminhadas para a Polícia Federal, que investiga os crimes de contrabando. O Major Rafael Mateus, chefe da sessão de planejamento operacional do 9º Batalhão da Polícia Militar, afirma que grande parte da carga tem origem paraguaia. Os contrabandistas atuam, muitas vezes, individualmente, mas também há casos de associação a outras ações criminosas.

"O contrabando de cigarro pode envolver outras questões, pode ter outros delitos como tráfico de drogas e de armas. A nossa região é localizada entre Florianópolis e Porto Alegre, isso chama a atenção dos contrabandistas", explicou. A PM realiza operações no varejo, denominadas Operação Varejo, contra o crime do contrabando.

"Não é específico de Criciúma. No ano passado foram duas grandes operações e neste ano há uma programação para que sejam realizadas mais operações a nível estadual. Desde o ano passado a Polícia Militar desenvolve uma série de ações e operações principalmente no varejo", disse o major.

Caminhãop foi encontrado com grande parte da carga em Araranguá

Apreensões nos últimos meses

O caso que mais chamou a atenção nos últimos meses foi mesmo a apreensão da Civil em Araranguá. Na ação, quatro suspeitos foram presos: o contrabandista, o caminhoneiro que fazia o transporte dos cigarros em meio a uma carga de soja, e dois agricultores, que abrigariam os produtos contrabandeados.

O caminhão vinha de Dourados - MS, quando atolou e foi surpreendido pelos policiais, que já estavam no rastro do contrabandista suspeito. Os quatro homens presos respondem pelo crime em liberdade. Jorge Giraldi, o delegado da apreensão "recorde", deu mais detalhes sobre a operação deste grupo, que é muito comum entre os contrabandistas, em semelhança com a ação de traficantes.

"O caminhão chega com a mercadoria em meio a cargas de soja ou milho, deixam as carteiras de cigarro em algum deposito e as vans distribuem rapidinho. Geralmente é assim, o caminhão chega com o carregamento, deixa no depósito e rapidamente é distribuído. No caso de Araranguá, apreendemos um furgão e uma van que fariam esse transporte. A demanda é muito grande, são muitos estabelecimentos que recebem, então é tudo muito rápido", 

Restante da carga estava em dois veículos para ser distribuída

Demanda é constante

As operações da PM são feitas para tentar combater o contrabando pois, segundo o Major Rafael Mateus, o crime "apresenta um crescimento contínuo, mesmo com a repressão feita pelas polícias". O delegado Jorge Giraldi relembra a grande apreensão do ano passado, mas é cauteloso ao especular sobre o aumento do número de cigarros contrabandeados.

"Sempre houve o contrabando do cigarro, é uma constante. Não dá pra dizer se aumentou ou diminuiu. A carga chega e é diluída rápido". 

+ 325 mil carteiras em Araranguá

+ 10,5 mil carteiras em Criciúma

+ Carga apreendida em Içara

+ 3,5 mil carteiras de cigarro apreendidas

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