Nota técnica emitida pela Cidasc e Vigilância Sanitária do Estado recomenda que a população não consuma mariscos coletados na beira da praia em Balneário Arroio do Silva. Constam na lista, também a praia da Tereza em Laguna além de balneários de Palhoça (Ponta do Papagaio), Florianópolis (Barra do Sul) e Bombinhas (Zimbros e Canto Grande).
No caso do Arroio do Silva, o secretário municipal de Saúde confirma a orientação. Acontece que uma onda da chamada maré vermelha, uma contaminação de microalgas que atingem moluscos bivalves (o caso do marisco) ocasionou o problema. "No meio da semana recebemos pessoas nos postos de saúde referindo náuseas, vômito, diarreia e, em comum, elas falaram que tinha consumido marisco. Há umas duas semanas atrás a gente já tinha recebido algum alerta, que na UPA de Araranguá alguém já tinha falado sobre isso", comentou Rogério Ferreira da Costa Júnior.
"Como houve agora conosco, no Arroio, entramos em contato com o Lacen, pela nossa Vigilância Epidemiológica, e nesta sexta a gente mandou uma amostra para o Lacen e a Secretaria de Estado da Saúde já tinha recebido outras amostras", referiu o secretário. "E a análise confirmou a presença de um pouco mais daquela maré vermelha, daquela alga que solta uma toxina que pega principalmente em moluscos com duas conchas. Lançamos um alerta pedindo para a população evitar de catar o marisco da praia para consumo", detalhou.
A nota técnica aponta que essas toxinas são produzidas por reduzido número de espécies de microalgas e a maré vermelha surge a partir de condições do meio ambiente. Logo, são causas naturais que contaminam moluscos como o marisco que, nesses períodos e locais, devem ter seu consumo evitado pela população. Os sintomas são diarreia, náuseas, vômitos, dores abdominais e até perda de sensibilidade em extremidades do corpo. As autoridades em saúde advertem que, em casos mais graves, podem levar até a óbito.