Santa Catarina está passando pelo pior momento em relação a pandemia do novo coronavírus. Praticamente todos os hospitais da região sul do estado já contam com 100% de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e enfermarias quase que lotadas. De acordo com o infectologista do Hospital Nossa Senhora da Conceição de Tubarão, Rogério Sobroza, já não há mais para onde expandir.
“Tivemos que aumentar o número de médicos que estão atendendo, e hoje eu diria que estamos no limite, não tem mais para onde aumentar o número de atendimentos no hospital”, declarou o médico.
O Nossa Senhora da Conceição já está com todos os seus leitos de UTI ocupados. Na enfermaria, foi necessária a expansão para que pudesse dar conta de parte dos atendimentos relacionados a Covid-19. Mesmo com a expansão, ainda há casos de pacientes aguardando na fila para conseguirem um leito.
“Já temos pacientes esperando, pacientes que são colocados na regulação do estado e que, mesmo assim, permanecem 24 horas ou 48 horas aguardando por um leito de UTI, já estando entubados e como necessidade desse tipo de atendimento”, disse.
Sob a possibilidade de abertura de novos leitos de UTI no hospital, Rogério destaca grande dificuldade. Isso porque, mesmo que houvessem os equipamentos necessários, não há profissionais suficientes disponíveis no mercado para o atendimento em uma Unidade de Terapia Intensiva.
Sequelas
Para aqueles que são acometidos pela Covid-19 e chegam a ficar internados, algumas sequelas poderão ser visíveis depois de recuperados. Os problemas vão desde musculares até psicológicos, o que reforça a necessidade de um acompanhamento médico mesmo depois da recuperação.
“Temos aquela sequelas que são musculares, por exemplo da pessoa que fica muito tempo na cama por causa da Covid-19 ou até mesmo no leito de UTI, e acaba tendo perda de força muscular por causa disso. Há sequelas pulmonares, da pessoa sentir falta de ar quando anda ou fazer atividade física. E em alguns casos, temos aquelas sequelas psiquiátricas, por causa de todo o período de estresse que a pessoa passa durante a doença”, pontuou.