Criciúma passou a receber, de forma individualizada, os alunos da Rede Municipal de Ensino desde essa quarta-feira, 21. Porém, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Criciúma e Região não concorda com esta retomada. Para a entidade, profissionais e alunos são colocados em risco e faltou melhor encaminhamento com relação ao plano de contingência. “A gente até se surpreende com o retorno proposto pelo município. Por isso que na sala da secretária, os professores e a comunidade escolar estão em polvorosa, porque este retorno está sendo feito de forma irresponsável. A gente já vinha discutindo o plano de contingência durante um mês e meio, com reuniões virtuais e as duas últimas reuniões presenciais. O plano de contingência precisava ser aprovado, independente do retorno da aula ser agora ou em janeiro, ou fevereiro. Isso foi tranquilo de aprovar, a discordância de sete pessoas que estavam na reunião é que este retorno vai se dar apenas com a assinatura de um termo de compromisso emitido pelas escolas e aí as escolas particulares, porque o IFSC não volta, o Estado delibera pela sua Gerência Regional, então ficou a educação municipal, onde a secretária disse que ela é a única responsável que vai assinar este termo”, comentou o presidente em exercício do Siserp, Reginaldo de Oliveira Bernardo, em entrevista ao Programa Adelor Lessa, da Rádio Som Maior.
Ele explica como acredita que deveria ser o procedimento. “Os planos de contingência da escola devem ser elaborados baseados no plano de contingência do município e o do município elaborado de acordo com o Estado que diz que o comitê regional tem que aprovar o municipal, o que ainda não foi feito e a maioria das escolas não tem o plano de contingência. Segunda-feira já teve que retornar profissionais para as unidades escolares e ontem já teve atendimento individual de alunos, e aí que tem o perigo que falamos, porque tem escola que ainda não recebeu o tapete higienizador, se chegou, não chegou o produto, tem a questão do álcool gel, a testagem”, salientou.
Para buscar alternativas, Bernardo disse que se reuniu com a promotora para tratar do assunto. “Reunião com a promotora trata destes assuntos. Do plano foi aprovado no comitê municipal, mas não tem avaliação homologada pelo comitê regional, não chegou às escolas, o retorno está baseado apenas no termo de compromisso da secretaria de educação. Tem escolas apavoradas como que está acontecendo e parece que tem uma sensibilidade do Governo do Município. A promotora se colocou solicita e vai pedir as informações ao município e atuar de acordo com o que diz a lei”, pontuou.
A secretária Municipal de Educação, Cristiane Fretta diz que o primeiro pensamento é na saúde. Primeiro de tudo pensamos na saúde e com todas as questões sanitárias sendo colocadas em prática. “Desde julho viemos pensando, montamos diretrizes, protocolos, estávamos com toda a documentação pronta para o atendimento presencial. Em setembro o Estado colocou um novo documento e nós temos que seguir. Todos os municípios precisariam montar as suas diretrizes e o fizemos com toda a responsabilidade e tempo hábil. O Estado fez uma formação e depois montamos o plano de contingência municipal que vale para o publico e o privado e já foi aprovado na sexta-feira, foi homologado. A lei diz que deve ser aprovado pelo comitê municipal e apenas apreciado pelo Estado, então enviamos para a Defesa Civil do Estado. Discordamos da posição do sindicato”, falou.