Na espera de uma resposta das Forças Armadas, manifestantes completam um mês em frente ao 28° Grupo de Artilharia de Campanha (GAC) de Criciúma. Desde o feriado de Finados, eles permanecem, sob sol e chuva, contrários ao resultado das eleições 2022 - em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o pleito.
Marcos Karmax, de Gravataí, no Rio Grande do Sul, é uma das pessoas que acampa no local desde o primeiro dia pós-eleição. Ele e a esposa dormem em um motorhome estacionado em frente ao exército. O empresário deixou a família e sua pequena oficina mecânica na cidade de residência para lutar pelo que acredita.
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“Eu estou com a minha empresa fechada. Sou bem pequeno. Minha empresa é MEI, tem três funcionários que eu pago lá, e estou aqui gastando de recursos próprios e vou me manter aqui até resolvermos a situação. Tenho fé e esperança nesse movimento. Sempre onde o povo se levantou, o sistema caiu. Aqui não vai ser diferente”, disse Marcos.
Manifestantes recebem ajuda e apoio
Segundo Marcos, todos eles se unem e se ajudam, dividem banheiro, comida, utensílios e, até, chuveiro. Apesar de não parecer fácil, eles recebem muita ajuda externa. Pessoas que moram próximo oferecem auxílio e as doações são em grande proporção.
“Levantamos cedo. Às 6h já começamos a organizar as coisas. Ontem, mesmo com chuva, tinham muitas pessoas, chegamos a três mil pessoas no fim do dia. Tem homens, mulheres, crianças e idosos, que estão aqui direto”, comentou. “Estou aqui há 30 dias e estamos dispostos a ficar até o final”, acrescentou.
Esperança de resposta das Forças Armadas
Para o manifestante, o Senado já entendeu o anseio do povo que está nas ruas e, em até dez dias, eles terão uma resposta. A esperança e de que as Forças Armadas “façam alguma coisa” e o país não “caia nas mãos da esquerda”.
“O povo brasileiro sabe que houve fraude nas urnas, isso é fato! A narrativa está feita, o mundo todo está vendo o povo se manifestando pacificamente. É o último grito. Temos uma certeza: a esquerda não vai tomar esse país, porque, do nosso movimento pacífico para uma rebelião civil, vai ser um piscar de olhos”, concluiu Marcos.