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“Estou aqui há 30 dias e estamos dispostos a ficar até o final”, diz manifestante em frente ao 28º GAC

Completa um mês que o grupo acampa no local; esperança é de uma resposta das Forças Armadas

Por Giovana Bordignon Criciúma, SC, 02/12/2022 - 06:59 Atualizado em 02/12/2022 - 08:46
Foto: Giovana Bordignon / 4oito
Foto: Giovana Bordignon / 4oito

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Na espera de uma resposta das Forças Armadas, manifestantes completam um mês em frente ao 28° Grupo de Artilharia de Campanha (GAC) de Criciúma. Desde o feriado de Finados, eles permanecem, sob sol e chuva, contrários ao resultado das eleições 2022 - em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o pleito.

Marcos Karmax, de Gravataí, no Rio Grande do Sul, é uma das pessoas que acampa no local desde o primeiro dia pós-eleição. Ele e a esposa dormem em um motorhome estacionado em frente ao exército. O empresário deixou a família e sua pequena oficina mecânica na cidade de residência para lutar pelo que acredita.

[a matéria continua após o vídeo]

“Eu estou com a minha empresa fechada. Sou bem pequeno. Minha empresa é MEI, tem três funcionários que eu pago lá, e estou aqui gastando de recursos próprios e vou me manter aqui até resolvermos a situação. Tenho fé e esperança nesse movimento. Sempre onde o povo se levantou, o sistema caiu. Aqui não vai ser diferente”, disse Marcos.

Manifestantes recebem ajuda e apoio

Segundo Marcos, todos eles se unem e se ajudam, dividem banheiro, comida, utensílios e, até, chuveiro. Apesar de não parecer fácil, eles recebem muita ajuda externa. Pessoas que moram próximo oferecem auxílio e as doações são em grande proporção.

“Levantamos cedo. Às 6h já começamos a organizar as coisas. Ontem, mesmo com chuva, tinham muitas pessoas, chegamos a três mil pessoas no fim do dia. Tem homens, mulheres, crianças e idosos, que estão aqui direto”, comentou. “Estou aqui há 30 dias e estamos dispostos a ficar até o final”, acrescentou.

Esperança de resposta das Forças Armadas

Para o manifestante, o Senado já entendeu o anseio do povo que está nas ruas e, em até dez dias, eles terão uma resposta. A esperança e de que as Forças Armadas “façam alguma coisa” e o país não “caia nas mãos da esquerda”.

“O povo brasileiro sabe que houve fraude nas urnas, isso é fato! A narrativa está feita, o mundo todo está vendo o povo se manifestando pacificamente. É o último grito. Temos uma certeza: a esquerda não vai tomar esse país, porque, do nosso movimento pacífico para uma rebelião civil, vai ser um piscar de olhos”, concluiu Marcos.

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