A Celesc acolheu recomendação da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e está reajustando a tarifa de energia dos catarinenses a partir deste sábado, 22. O aumento médio será de 8,42% para os consumidores residenciais e 7,67% para os industriais.
O ex-governador Eduardo Pinho Moreira (MDB), que já presidiu a Celesc, criticou a medida.
"Realmente, vivemos momentos atípicos, em que todos temos que participar, contribuindo de alguma forma, dispensando despesas e gastos que podem ser administrados. Um dos exemplos recentes é o aumento da tarifa de energia elétrica", afirmou. "Não tem sentido, num momento em que a sociedade passa por tantas dificuldades, aumentar a tarifa quatro vezes mais que a inflação do período", observou.
Confira também:
Prepare o bolso: energia elétrica vai ficar mais cara
"Golpe doloroso", diz diretor da FIESC sobre reajuste da energia
Moreira lembrou um episódio de quando era vice do governador Luiz Henrique da Silveira, quando Santa Catarina disse não à recomendação da ANEEL. "No governo do Luiz Henrique, eu era vice, não demos o aumento determinado pela ANEEL porque isso feriria de morte o setor produtivo de Santa Catarina", comentou.
O governo Carlos Moisés não se pronunciou diretamente sobre o reajuste, deixando o comunicado - de conteúdo meramente técnico - para a Celesc. "É bom que se reflita. Todos têm que dar a sua contribuição, o Governo do Estado e as empresas de economia mista", finalizou, em uma clara menção também ao papel da Celesc no episódio.
Assista no vídeo o depoimento de Eduardo Moreira: