O Natal foi de lojas cheias e mercado de trabalho aquecido em Santa Catarina. Conforme a pesquisa de Resultado de Vendas na data, realizada pela Fecomércio SC em sete cidades, o ticket médio dos consumidores nas lojas cresceu 12,6% em relação a 2017, passando de R$ 317,33 para R$ 357,40.
Apesar da alta no faturamento ser pouco expressiva (0,2%) em relação ao ano passado, o que sinaliza tendência de estabilidade, a variação na comparação com os outros meses (22%) mostra o peso do Natal para o comércio catarinense.
"É a data mais lucrativa do ano para o varejo. O volume de vendas em SC está no positivo desde maio de 2017, mas não atingiu os níveis pré-crise. Por isso, mesmo com a alta no ticket e no gasto das famílias no Natal, o caixa ainda não recuperou a receita", analisa o presidente da entidade, Bruno Breithaupt.
O percentual de empresários que contratou temporários para atender o aumento da demanda no período também avançou: 33,3% (2018), 32,7% (2017) e 31,5% (2016). Mais da metade (57%) dos consumidores pagou à vista, entre cartão de crédito (23,4%), débito (22,9%) e dinheiro (10,7%). Para não começar o ano com o orçamento comprometido, a pesquisa de preço foi de razoável a alta, de acordo com 64,5% dos empresários.
A pesquisa de Resultado de Vendas Natal 2018 foi realizada com 402 empresários do setor varejista do Estado, durante os dias 26 e 28 de dezembro, nas cidades de Florianópolis, Chapecó, Joinville, Itajaí, Blumenau, Lages e Criciúma.
Balanço de Criciúma
Dos setores de comércio entrevistados em Criciúma, 47,8% foram da área de vestuários, 15,2% de eletrônicos, 8,7% de móveis e decoração, 6,5% de jóias, 6,5% de cosméticos, 4,3% de mercados, 2,2% de artigos esportivos e brinquedos, 2,2% de papelarias, 2,2% de padarias e docerias, 2,2% lojas de departamento e outros 2,2% de cama, mesa e banho.
Entre as cidades entrevistadas, Criciúma foi a terceira que mais contratou trabalhadores temporários, 34,8% das empresas se reforçaram no período do Natal, ficando atrás apenas de Blumenau e Lages, ambos com 46,4%. A cidade carvoeira, porém, foi a com o pior ticket médio, R$290,07. O valor é inferior ao ano de 2017, em que o ticket médio foi de R$311,58.
Entretanto, a variação do faturamento de Criciúma aumentou 0,37% em relação a mesma data do ano anterior. Em relação aos meses de movimentação normal, o faturamento dos comerciantes cresceu 29,13%, sendo inclusive a cidade que mais teve crescimento entre os municípios entrevistados.
Na forma de pagamento dos consumidores, as opções mais escolhidas foram à vista, por meio do cartão de débito e parcelamento, através do cartão de crédito, 30,4% cada formato. Na sequência, as maiores escolhas foram à vista por cartão de crédito, 15,2%, e à vista com dinheiro e parcelamento no crediário, ambos com 10,9%. Outras opções foram escolhidas por apenas 2,2% dos consumidores.