A Feira da Agricultura Familiar não está mais fazendo entregas de seus produtos. Os feirantes optaram por encerrar o sistema delivery. A decisão foi tomada para focar na realização da feira presencial. O planejamento atual é fazer dois encontros por mês, nas primeiras quintas, em frente ao Paço Municipal Marcos Rovaris.
“Consideramos o delivery um sucesso. Ele contribuiu para a continuidade das vendas, dando visibilidade aos produtos rurais, e incrementando a renda das famílias”, afirmou o gerente de Agricultura e Agronegócio de Criciúma, Vanderlei Zilli. “Nossa equipe estará sempre à disposição dos empreendedores rurais, com serviços maquinários e atendimento, através do setor de bloco de notas do produtor. Também temos o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), os Serviços de Inspeção de Produtos de Origem Animal, e as feiras”, complementou.
O feirante Pedro Henrique Giassi, que comercializa frutas e verduras, destacou dois pontos que considerou importantes durante o funcionamento do delivery. “Fidelizamos alguns clientes e agora tentaremos migrá-los para o presencial. Também nos fortalecemos como grupo, já que toda semana montávamos os kits juntos. Mesmo com produtos e ideias diferentes, o respeito sempre prevaleceu”. De acordo com ele, outros dois fatores influenciaram a decisão, a diminuição dos pedidos, com a flexibilização de restrições, e o aumento no preço dos combustíveis.
O sistema de pedidos e entregas teve início há quase 1,5 ano, quando as medidas de isolamento foram adotadas. Conforme informou Zilli, desde então ocorreram mais de 1,5 mil entregas, com uma arrecadação de R$ 120 mil ao ano. A Feira da Agricultura Familiar é uma iniciativa da Gerência de Agricultura e Agronegócio de Criciúma, juntamente da Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina) e de produtores da região.