O Diário Oficial desta terça-feira, 12, anuncia a contratação do show da dupla Fernando & Sorocaba pela prefeitura para os festejos de 6 de janeiro de 2020, nos 140 anos de colonização de Criciúma. O custo do evento, R$ 240 mil, foi alvo de críticas do vereador Ademir Honorato (MDB). Ele usou as redes sociais para atacar o investimento:
Sob o título "Pão & Circo", o vereador afirma que "pode ter circo, mas não pode servir pão porque dá problema eleitoral". Ele emenda lembrando um discurso recorrente seu, de que "o município tem dinheiro sobrando e ninguém acredita".
Questionado sobre o investimento no show, o vereador lembrou as dificuldades que a cultura local vem enfrentando para encontrar amparo oficial. "Para quem não quer dar R$ 10 mil ou R$ 15 mil para a cultura de Criciúma, para fazer trabalhos nos bairros, esse é um investimento bem alto", criticou. "O contrato já está feito, não temos o que fazer, a não ser chamar a atenção da opinião pública para esse gasto. Até R$ 300 mil o prefeito pode contratar com dispensa de licitação", lembrou Honorato.
Suplementações em debate
As finanças do município devem dominar a pauta desta terça-feira, 12, na sessão da Câmara. Ocorre que deu entrada nesta segunda, no Legislativo, um Projeto do Executivo (PE) que solicita autorização para suplementação orçamentária de R$ 18,8 milhões. "Para diversos fins, como repasses ao Bairro da Juventude, à AMA, ao CTG Pedro Raymundo, e melhorias em centros comunitários", explicou o vereador Aldinei Potelecki (Republicanos), líder do Governo Salvaro na Câmara.
O Executivo pediu dispensa de pareceres no projeto, mas os vereadores aprovaram a inclusão do PE na pauta desta terça. "Queremos conhecer melhor o conteúdo. Isso não é dinheiro de boteco nem de canastra, são R$ 18 milhões", afirmou o vereador Zairo Casagrande (PSD). "O prefeito tem feito com frequência essas suplementações. Mas há um limite, e quando ele estoura esse limite, encaminha o pedido para a Câmara. É uma prerrogativa do prefeito, mas esse mandato terá suplementações de mais de R$ 750 milhões além do anterior que terminou em 2016", frisou o vereador Ademir Honorato. "Se com R$ 100 milhões em financiamentos o prefeito fará diversas obras, o que está fazendo com esse dinheiro a mais no orçamento?", indagou.
O vereador Honorato lembrou que o prefeito Clésio Salvaro priorizou, no primeiro ano de mandato, cortes de gastos para equalizar as dívidas. "Daí ele afirma que pagou até R$ 170 milhões em dívidas. Queremos saber o que exatamente foi pago, afinal o prefeito reduziu contratos em 20%, fez cortes de salários, diminuiu cotas de escolas, e com esses cortes ele conseguiu equalizar as contas às perdas da inflação. Mas houve um crescimento na arrecadação com leis feitas desde 2017", completou.