Em entrevista ao quadro Plenário no Programa Adelor Lessa desta terça-feira (8), na Rádio Som Maior, o ex-deputado federal Paulo Bornhausen justificou sua desfiliação do Podemos, partido que ajudou a estruturar em Santa Catarina. O motivo? O flerte da sigla com o governador Carlos Moisés.
"Saí porque sou transparente. Essa posição é muito clara com relação ao governador Moisés e o seu governo, a quem pessoalmente eu tenho uma posição muito contrária, em função de ser um governo fraco, com problemas sérios de credibilidade ao longo desses três anos e que pouco fizeram por Santa Catarina. O pior: mancharam nossa imagem, levando às páginas policiais o nosso estado frente ao Brasil na pandemia", explicou.
Bornhausen ainda afirmou que o Governo Moisés tem "poderes sobrenaturais" na captação de apoio de político, até pouco tempo atrás adversários. "Eu acredito que é um governo improvisado e sempre coloquei isso dentro do partido, que eu ajudei a formar com valorosas pessoas e dizendo que esse era o pior caminho para Santa Catarina. Mas, o governo sempre teve forças de abdução muito fortes e eu não concordei com isso. Não concordo e preferi me retirar, deixando o partido trilhar o caminho que achar melhor", argumentou ele.
Sobre o caminho a ser trilhado por Moisés, que está entre se filiar ao Republicanos, e contar com o apoio do Podemos, e ao Podemos, o ex-deputado diz que não tem mais motivos para se manter por dentro do assunto, mas quer que o governador seja candidato à reeleição.
"Esse assunto já não me pertence mais. Exatamente por isso que me desfiliei, porque esse tema não tem o menor interesse para mim e nem para a população. Só para os políticos que tem interesse em relação ao Palácio. Espero que ele possa ser candidato para ele colher o que plantou", declarou.
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