Na manhã dessa quarta-feira, 30, o Ministério Público Federal (MPF) cumpriu mandado de busca e apreensão na Casa D’Agronômica, residência oficial do governador Carlos Moisés.
Após a operação Moisés se mostrou desapontado. "O que houve hoje aqui na residência do governador foi uma busca e apreensão desnecessária e injustificada. Levaram meu laptop e meu celular pessoal. Há cerca de dois meses oferecemos muito mais do que foi levado. Oferecemos, inclusive com petição em juízo, documentos, materiais, equipamentos para contribuir com a investigação", afirmou o governador.
Por outro lado Carlos Moisés disse esperar que tudo seja esclarecido o mais rápido possível. "Pedimos celeridade no processo para sabermos os reais responsáveis."
O governador também demonstrou conhecer um esquema criminoso envolvendo contratos com o estado. "Sabemos que há no estado de Santa Catarina uma organização criminosa trabalhando em contratos públicos. Por isso estamos desfazendo esses contratos públicos."
Operação
Representantes do Ministério Público Federal (MPF) estiveram na Casa D’Agronômica na manhã desta quarta-feira, 30. O órgão cumpriu um mandado de busca e apreensão no local através da Operação Pleumon. A autorização foi concedida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
As medidas cautelares, determinadas pelo ministro Benedito Gonçalves, foram cumpridas pelo MPF em conjunto com a Polícia Federal. O objetivo da operação é subsidiar o inquérito que apura fraudes na compra de respiradores para enfrentamento da pandemia da covid-19 no estado. O contrato sob suspeita movimentou R$ 33 milhões.
Os investigadores buscam provas da relação entre o governador, sua equipe e empresários que venderam os 200 respiradores ao estado de Santa Catarina.
Acompanhe o que diz o governador Carlos Moisés sobre a operação: