Policiais civis protestaram na tarde desta terça-feira, 20, em frente à Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), contra pontos da reforma da previdência, em tramitação na Casa Legislativa. A mobilização reuniu ainda policiais penais, agentes socioeducativos e profissionais do IGP.
Em entrevista ao Ponto Final, da Rádio Som Maior, nesta terça, a presidente da Academia de Delegados de Polícia, Vivian Selig, falou sobre o ato. "Foi um movimento histórico, nunca visto no estado de Santa Catarina, de união das forças de segurança pública", exaltou.
Selig falou sobre a principal reivindicação dos agentes de segurança. O grupo pede que na reforma seja garantida a paridade (replicar o reajuste de policiais da ativa) e a integralidade (aposento com o mesmo valor da última remuneração) de salários na aposentadoria. Outro ponto reivindicado pelos policiais civis diz respeito à pensão por morte.
"Uma regra de transição justa, ou seja, a integralidade remuneratória para todo o policial civil, penal e servidores do IGP, até a implementação da previdência complementar. Nós temos especifidades previstas em lei, inclusive na Constituição, no que se refere a atividade de risco. A extinção desse direito não aconteceu em 2003, ao contrário do que diz o governo. Só poderá ser mitigada com a implementação do regime complementar".
Ainda de acordo com a delegada, apesar das extensas negociações dos profissionais de segurança pública, não houve avanços com o executivo. "Não vimos em nenhum momento qualquer sensibilização por parte do governo do Estado", lamentou.
Durante a manifestação, as pontes de acesso a Florianópolis foram fechadas pelos agentes de segurança durante a tarde.