O Fórum das Entidades de Criciúma (Forcri) se posicionou contra o aumento do número de vereadores em Criciúma. Hoje são 17 e há articulação para passar para 21 – máximo que a Constituição Federal permite para municípios com população entre 160 mil e 300 mil habitantes. Para que a proposta seja aprovada, são necessários 12 votos a favor.
“Esse assunto entrou em pauta durante 2023, por mais de uma vez. A Forcri chegou à conclusão vendo os argumentos prós e contras. Já foi decidido isso, e passado para o ex-presidente Salésio Lima, a nossa posição contrária ao aumento do número de vereadores. Por quê? Nessa fase de gastos públicos, tem tantas outras áreas necessitadas e, aumentar de 17 para 21, daria um gasto de quase R$ 2 milhões por ano”, salientou o presidente do Forcri, Adriano Klafke.
No programa Adelor Lessa dessa segunda-feira (5), Adriano Klafke falou sobre o tema. Ouça a entrevista completa (o texto continua a seguir):
Ele ainda reiterou que, ainda que seja a decisão certa, não é o momento para aumentar o número de parlamentares. A Forcri se coloca a favor da construção de uma nova sede para a Câmara de Vereadores. Para frisar a posição do Fórum, o grupo deve se reunir com o novo presidente da Casa Legislativa, o vereador Pastor Jair.
Reforma na Câmara de Vereadores
Até o momento, quatro vereadores se posicionaram contra o aumento: Nicola Martins (PSDB), Zairo Casagrande (PDT), Julio Kaminski (PP) e Juarez de Jesus (PSD). Quem faz a articulação de recolher assinaturas para levar o projeto ao plenário, é o vereador Toninho da Imbralit (MDB).
“A minha posição é contrária desde que começou a debater esse assunto. Eu acredito que o foco não deveria ser esse nesse momento. O foco deveria estar 100% voltado à construção da nova sede da Câmara de Vereadores. Nossa sede hoje é imprópria, um cadeirante não consegue ir a Câmara, porque nem entra no elevador”, destacou o vereador Nícola Martins.
Nícola Martins também comentou o assunto no programa Adelor Lessa desta segunda-feira (5). Ouça a entrevista completa (o texto continua a seguir):
Criciumenses são contra o aumento
Além disso, segundo a pesquisa do IPC aplicada pela Som Maior Comunicação, quase 90% da população não considera importante o aumento de vereadores de 17 para 21. O questionário foi aplicado em dezembro de 2023 em bairros de Criciúma.
“Quando se aumentou de 12 para 17, existiu uma concordância da sociedade para isso, mas hoje, aumentar de 17 para 21, não tem o ‘ok’ da sociedade”, pontuou Nícola. A emeda à lei orgânica precisa de 12 votos favoráveis em duas votações – com intervalo de dez dias – para ser aprovada. O vereador acredita que, até o fim do prazo, pelo menos seis vereadores votarão contra.