De saída da prefeitura de Criciúma, o prefeito Clésio Salvaro (PSD) organizou um café com a imprensa na tarde desta sexta-feira (27). Durante a conversa com os jornalistas, na Sala de Atos do Paço Municipal, o político avaliou seus oito anos de gestão, e projetou seu futuro no meio.
O atual prefeito de Criciúma avalia como muito positivo os seus dois últimos mandatos. "Eu acho que de 2017 a 2024 foram dois mandatos muito bem avaliados, talvez uma das melhores avaliações do Brasil em termos de gestão", conta Clésio Salvaro. Um ponto negativo do governo que Salvaro não conseguiu melhorar foram as casas do exército da Praça do Congresso. "Aquelas casas não estão no nível que nós deixamos as cidades, elas puxam a régua para baixo. São uma vergonha para a cidade de Criciúma", lamenta.
Apoiado por Salvaro durante as eleições, o prefeito eleito Vaguinho Espíndola (PSD) tem a torcida de Clésio para o próximo mandato. "O Vaguinho tem o compromisso de dar continuidade a este governo que deu certo, ele foi eleito em cima de um governo bem sucedido, bem avaliado. O governo é dele e do Salésio, e não terá interferência minha sobre hipótese alguma, exceto se eu for chamado", frisa.
Em Criciúma, a disputa pela prefeitura acalorou uma rivalidade entre dois partidos que, anteriormente, possuíam uma parceria. "Eu acho que já existiu, em algum momento, desde a eleição de 2022, uma proximidade maior entre PSD e PL. A eleição de 2024 ela afastou muito e eu acho muito pouco provável que o PSD esteja com o PL", avalia.
Deputado estadual por três mandatos, Salvaro descarta a possibilidade de se candidatar novamente em 2026. "Eu tenho candidato a deputado estadual, que é o Arleu. E o Júlio Garcia, se for candidato a deputado federal, ele será o meu candidato", projeta.
Uma das pautas de grande repercussão do governo Salvaro foi a isenção do IPTU do Criciúma Esporte Clube, que foi negada. " O caso do Criciúma por exemplo, tentaram partidarizar nesta mesa aqui, nós tivemos umas dez ou doze reuniões. Tu não pode partidarizar o Criciúma Esporte Clube, porque elas (foi citado durante assunto sobre a Unesc) são plurais, elas estão acima de um governo", opina.
Outro assunto polêmico que envolveu o nome de Salvaro foi a pauta da Central Funerária, investigada pelo Gaeco na Operação Caronte. O assunto foi abordado quando o prefeito foi questionado pelo que lhe desagradou no período. "Se fosse fazer uma avaliação por tudo que eu passei, eu poderia dizer o seguinte, a Central Funerária talvez. Mas pela minha cidade eu faria tudo de novo, porque eu sei que o que fizemos foi o melhor para o cidadão", acredita Salvaro.
Ouça, abaixo, a entrevista completa: