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Desde o início de julho, uma fumaça que vem do chão tem causado estranheza aos moradores do bairro Colonial, em Criciúma. Apesar dos esforços da Defesa Civil e Secretaria de Saúde, que trabalharam para evitar malefícios à população causados pela reação química, nesta quinta-feira (28), o fenômeno surgiu novamente de forma intensa na localidade.
O fato aconteceu em julho, devido a um material, a pirita, que queimava abaixo do solo. À época, os moradores relataram o incômodo com o odor persistente no bairro, que, agora, volta à localidade. De acordo com o diretor da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Criciúma, Fred Gomes, a fumaça traz riscos à saúde da população e, por isso, gera preocupação.
"No dia 1º de julho, a Vigilância Sanitária foi chamada para uma ocorrência por conta de um cheiro forte que tinha no bairro Colonial. Mas, eles identificaram que esse era um serviço para nós. Chegamos aqui, analisamos e verificamos que sim, era um problema muito grande, porque uma casa estava em reforma e eles colocaram fogo em uma madeira dentro do terreno. Isso desencadeou uma reação química abaixo da superfície do solo, que é uma área minerada e tem pirita", detalha Gomes.
Ainda conforme o diretor, o órgão só teve conhecimento do caso no início de julho, no entanto, cerca de 40 dias antes, a fumaça já afetava a localidade. "Desde então, a gente faz acompanhamento quase que diariamente, estudando o caso para entender e ver como atuar, até porque, como era uma área minerada, a gente tem apoio da Agência Nacional de Mineração (ANM) e do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM)", enfatiza.
Trabalho emergencial na localidade
Neste momento, a Defesa Civil trabalha de forma emergencial. "Não posso deixar que os moradores do bairro Colonial sofram por conta da fumaça que começou a sair neste fim de semana de novo e o forte cheiro de enxofre", frisa Gomes. "É algo que incomoda bastante, por isso, estamos fazendo uma interferência dentro de um terreno", comenta.
Há risco da fumaça se alastrar para outros terrenos, no entanto, a Defesa Civil atua para evitar que isso ocorra. "É uma mistura de queima de madeira, que desencadeou a do pneu e a da pirita. Ou seja, não é algo natural. Teve a intervenção do homem", finaliza.
