A recorrência de furtos de fios de cobre não é novidade na região, mas agora até transformadores de 400 quilos estão sendo levados. Segundo o chefe da divisão técnica do Núcleo Sul da Celesc, Zulnei Casagrande, os prejuízos causados têm sido enormes por todo o estado.
Em entrevista ao Programa Adelor Lessa, Casagrande comentou: "infelizmente essa prática eu posso entender que está se disseminando em todo o estado. Tem trazido vários prejuízos para a sociedade e para a concessionária. É uma tragédia também como se para um posto de saúde, por exemplo, no meio da pandemia. É triste. A gente não vê uma luz no fim do túnel, o número de ocorrências é muito grande", disse.
O chefe regional trouxe informações sobre outros casos, como em Itajaí, onde houve em uma subestação da Celesc o prejuízo de 5 milhões de reais. Aqui, oscila conforme o período. Ano passado, em um período de 15 dias, tivemos 80 ocorrências. Depois diminui, volta... Nesta semana, foram apenas três. É incrível, mas estamos satisfeitos com esse número", continuou.
Outro fato que tem chamado a atenção é o furto de transformadores,que pesam mais de 400 quilos. Lessa questionou de que maneira os bandidos conseguem levar um equipamento tão grande. "Isso aconteceu duas vezes no Caravaggio. A nós, cabe repor tudo isso e torcer pra não acontecer. Tem furtos cinematográficos, não posso explicar as técnicas por razões de segurança. Fica claro que a pessoa tem certo nível de conhecimento e de equipamento: não se leva um transformador sem ter equipamento adequado a esse tipo de situação. Isso não é furto do viciado emn drogas, e sim coisa de quadrilhas especializadas. Na Santa Líbera (Forquilhinha), levaram 400 metros de rede compacta, mas tiraram a rede inteira, tiveram todo o cuidado na remoção. Duas vezes recentemente", contou.
Também na linha com Lessa, o comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Sandi Muris Sartor, disse que a PM atua na atividade preventiva, mas "os furtos, em si, são crimes bastante circunstanciais. Muitas vezes, a PM aborda o autor de um furto, cinco minutos ou 10 antes do crime, quando não há materialidade do delito. Então, é muito difícil essa abordagem preventiva. Outro problema que a gente encontra é a reincidência, gente comn 30, 40 passagens pela polícia por furto e continuam efetuando. Já realizamos quase 200 prisões por furto neste ano, é quase uma pessoa por dia", disse a autoridade.