Problemas na saúde e a briga dos partidos pelo apoio de Bolsonaro estiveram em pauta na Rádio Som Maior, na manhã desta quinta-feira (1º). Gean Loureiro (União Brasil) foi o terceiro candidato ao Governo do Estado entrevistado pelos jornalistas Adelor Lessa e Upiara Boschi. A conversa foi transmitida simultaneamente no FM 100,7 e no Portal 4oito.
A seguir, confira a entrevista na íntegra:
Ouça o bate-papo completo também em áudio:
Problemas da saúde
Para Loureiro, a principal deficiência do estado é a saúde que, em sua visão, está 'precária'. "A gente vê um estado apático que não toma providências. Tivemos a crise da falta de leitos. Se falta leito para criança, o que dirá o resto. E todos os especialistas diziam que isso ia acontecer", afirma. Conforme o candidato, a lotação dos hospitais foi resultado do longo período de isolamento social junto às doenças respiratórias típicas do inverno. Além disso, o Governo do Estado seria reduzido serviços de atendimento pediátricos importantes ao invés de ampliá-los.
Além disso, o político também vê a falta de diálogo com os hospitais filantrópicos de Santa Catarina, que encaram dívidas milionárias para se manter. "O estado está fora da discussão da saúde, que se agrava e não percebemos uma reação. Se você falar com as pessoas, elas não sabem quem é o secretário estadual da Saúde. Porque não é alguém da área. É alguém que chega em relação à amizade e não pela técnica", avalia.
De acordo com o candidato, investir nas entidades filantrópicas por serem mais baratas é a solução que pode, efetivamente, resolver muitos problemas da saúde. "Nós temos 20 hospitais regionais. Criciúma, infelizmente, é uma das poucas grandes cidades que não tem. E temos mais 150 filantrópicos, que trabalham no limite. A alternativa muito clara é o Estado auxiliar na sustentabilidade dos hospitais", explica.
Apoio a Bolsonaro
Quanto à Presidência da República, o apoio de Gean é claro: a reeleição de Jair Bolsonaro. Mesmo que o União Brasil tenha a candidata Soraya Thronicke concorrendo à vaga. Segundo Loureiro, o partido lhe deu a liberdade para tornar o seu posicionamento público. No entanto, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) determinou que apenas o candidato Jorginho Mello (PL) pode utilizar a imagem do atual presidente em sua campanha eleitoral.
"O que a gente acha estranho é o partido do presidente da República em Santa Catarina que se preocupa mais com a eleição do seu candidato a governador do que com a eleição do seu presidente. Eles não querem que outros partidos apoiem o seu candidato. Isso criou uma confusão entre aqueles que são fiéis ao Bolsonaro em relação a Jorginho Mello. Se o presidente do partido entra com uma ação para outros não apoiarem, parece que ele não quer que o Bolsonaro ganhe a eleição", comenta.
Foco nos quatro anos
"Eu quero ser candidato para não ter que pensar na reeleição", salienta. O seu foco é totalmente voltado para os próximos quatro anos porque, de acordo com Loureiro, assim o que um candidato é eleito, em seguida, já começa-se a pensar em garantir o mandato seguinte. "Quero governar por quatro anos, podendo garantir o trabalho que tem que ser feito. E não pensando no processo de reeleição", conclui.