O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos está na lista para ser privatizada. Junto com ela, outras 16 estatais devem seguir o mesmo caminho. Antes que a medida seja sancionada, é necessário de aprovação no Congresso. A justificativa para a ação é a ineficiência dos serviços prestados.
“Tem um elemento que é muito desonesto por parte do governo, que é o monopólio. Nós temos o monopólio das cartas, mas o Correio não tem o monopólio em relação a outros tipos de entregas. Temos uma estrutura pronta em 5 mil cidades e o Governo quer entregar para o setor privado”, disse o dirigente do Sindicado dos Trabalhadores dos Correios de Santa Catarina, Samuel de Matos.
Conforme ele, as cidades pequenas serão as mais atingidas, já que talvez a empresa privada não tenha interesse em fazer esse tipo de atendimento. Prometeu buscar o apoio de deputados da região, para que vetem o Projeto de Lei. Para Matos, os argumentos apresentados pelo Governo Bolsonaro não são verdadeiros.
“O governo já tem se pronunciado sobre isso há muito tempo. Nós já estamos discutindo essa questão faz alguns anos, então não é algo novo, que estamos tentando barrar. É um processo de privatização que já começou faz muitos anos, mudando o estatuto da empresa e agora o Bolsonaro e o Paulo Guedes tentam dar a cartada final”, citou.
De acordo com dados do Ministério da Economia, os Correios geraram um prejuízo de R$ 11 bilhões no fundo de pensão dos funcionários. Antes da privatização, a empresa entrará no Programa de Parceria de Investimentos (PPI), dando início ao procedimento.