A situação dos hospitais filantrópicos em Santa Catarina está no radar da Frente Parlamentar em Defesa da Saúde na Assembleia Legislativa. Na pauta desta semana, esteve a necessidade de atualização da Política Hospitalar Catarinense e o reajuste dos repasses do Ministério da Saúde a essas unidades. O assunto foi destaque no Plenário desta sexta-feira (18), que contou com a participação do deputado estadual Zé Milton Scheffer (PP), que também é presidente da Frente Parlamentar.
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Os hospitais filantrópicos são responsáveis por mais de 70% dos atendimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e atende três pacientes pelo preço de um, segundo o deputado. "Na hora que uma situação de saúde for grave em Lauro Müller ou em Praia Grande, a pessoa vai bater na porta do Hospital São José, não importa se são três horas da tarde ou três horas da manhã. Então tem que ter recursos e condições de trabalhar", avaliou o deputado
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No início do ano, o Governo do Estado anunciou o plano para zerar a fila de 105 mil cirurgias eletivas em seis meses. Esse tempo passou e aproximadamente 45% da meta foi cumprida. Sobre isso, a secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, disse que as principais dificuldades são a localização dos pacientes devido ao longo tempo de espera e a ausência deles na realização dos procedimentos.
"Por que tem fila? Porque o SUS, e a gente tem que olhar para o Governo Federal e Governo do Estado, paga muito pouco. Se os hospitais fizerem muitas cirurgias, vão à falência, não conseguem pagar os médicos e atender", afirmou Zé Milton. "Eles querem colocar uma meta para o hospital, mas não tem recurso financeiro suficiente", completou.