Membros das bancadas do PSD, PL, PSC e PSL criticaram a inclusão do termo “identidade de gênero” no Currículo Base da Educação Infantil para 2019, da Secretaria de Estado da Educação (SED), durante a sessão de quarta-feira, 28, da Assembleia Legislativa.
“No Currículo Base da Educação Infantil 2019 para o estado de Santa Catarina, na página 35 diz que é fundamental a inclusão das relações de gênero e diversidade sexual e na página 379 fala de sexualidade, múltiplas dimensões da sexualidade humana e identidade de gênero. De onde vem esta proposta?”, questionou, indignado, Ismael dos Santos (PSD).
Segundo o deputado, a origem da ideologia de gênero remonta Marx, mas ganhou destaque com os filósofos da Escola de Frankfurt, Horkheimer e Marcuse.
“Desconstrução do conceito de família e erotização precoce”, sintetizou Ismael, referindo-se às ideias dos pensadores alemães.
O líder do governo concordou com a crítica e alertou que o governador não endossa as teses de identidade de gênero.
“Querem destruir a família brasileira, fomos buscar informações, está em estudo, não chegou ao governador, está na secretaria de Educação e todas essas pautas serão cortadas”, adiantou Maurício Eskudlark (PL), líder do governo.
“Na ânsia de bater no governador, tão querendo bater até pelo que não fez, sou 100% contrário à ideologia de gênero, acabei de receber ligação do secretário de Educação, que vai cortar isso aí, está sendo discutido por grupos temáticos, não tem nada a ver com o governador, ele vai cortar do Plano Estadual de Educação”, corroborou Ricardo Alba (PSL).
“Tem a assinatura do secretário”, registrou Ana Caroline Campagnolo (PSL), que ponderou a posição do Chefe do Poder Executivo. “Membros da bancada do governador dizem que ele é contra a identidade de gênero”.
“Conversei com o secretário de Educação, o deputado Sergio Mota (Republicanos) conversou com governador e todos se mostraram receptivos a que seja corrigido este termo identidade de gênero”, informou Jair Miotto (PSC).