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Incentivar o não uso de máscaras vai nos levar a um aumento de casos, diz pneumologista

Medidas protetivas ainda são as maneiras mais eficientes de diminuir o contágio de Covid-19

Por Paulo Monteiro Criciúma - SC, 06/11/2020 - 15:09 Atualizado em 06/11/2020 - 15:12
Foto: Arquivo / 4oito
Foto: Arquivo / 4oito

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Por mais que o número de mortes e novos casos de Covid-19 não seja tão alto quanto os registrados em julho e agosto na região carbonífera, a pandemia do novo coronavírus ainda não passou. Mesmo assim, há quem reforce o descumprimento das medidas protetivas consideradas eficazes no combate à doença e, de acordo com o pneumologista Renato Matos, incentivar o não uso de máscaras vai acabar nos levando a um aumento de casos.

“Felizmente vivemos uma situação em que os números vêm reduzindo, mas ainda mantemos uma mortalidade alta no país: 630 nesta quinta. Na nossa região, por essa situação das pessoas estarem cansadas, por conta dessas informações mal colocadas e que tem sido ouvidas com algumas frequências, a tendência é que agora vamos ter um aumento do número de casos de novo. A população é a mesma, o vírus é o mesmo, e a medida que abandonemos essas medidas desagradáveis, evidentemente os números irão aumentar”, declarou o pneumologista.

Renato usa como exemplo os próprios boletins epidemiológicos divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde de Criciúma. No dia primeiro de novembro, o município contava com três pacientes criciumenses internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Já na quinta, 5, Criciúma passou para seis pacientes em UTI - além de ter sofrido um aumento de mais sete pacientes internados em clínica.

A utilização de máscaras, álcool em gel e distanciamento físico entre pessoas ainda são as maneiras mais eficientes para diminuir o contágio durante a pandemia. Uma queda na adesão à estas medidas deverá se refletir diretamente em um aumento de casos e, para Renato, àqueles que incentivam o descumprimento dessas restrições, acabam sendo responsáveis. 

“Essas pessoas que estão colocando esses tipos de informações de que não precisa de máscara ou isolamento vão ser responsáveis por um aumento no número de casos. Isso vai fazer com que as escolas fiquem fechadas por mais tempo, e que os eventos demorem mais tempo para voltar. Temos que trabalhar juntos, a pandemia não tem partido, não é de esquerda ou direita, é uma doença que coloca a nossa vida em risco”, pontuou.

Ainda não há um remédio eficaz

Por mais que hidroxicloroquina e ivermectina sejam tidas por algumas pessoas como medicamentos eficientes no combate ao coronavírus, ainda não há estudos que comprovem essa eficiência. De acordo com o pneumologista, não existe atualmente, em nível de comunidade científica de ponta, alguém que diga que exista um remédio que funcione para a Covid-19.

“É uma pena que não funciona. Nós estamos lidando com pessoas diariamente que acreditam que se tomarem ivermectina estarão vacinadas contra o coronavírus e que não precisarão usar máscara. Achamos que é bobagem, mas ouvimos isso no consultório. A máscara protege e muito”, disse Renato.

Tags: coronavírus

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